terça-feira, 30 de abril de 2024

 

Figura 1: Ilustração Jornal Rio de Flores

No Facebook, encontrei uma publicação que me prendeu a atenção. Aludia sobre a rara ocorrência das chamadas Pedras Parideiras, em Arouca, Portugal. Lembrei que eu tinha o registro de minha viagem com imagens do referido local, no ano de 2007, quando lá estive pela primeira vez. Resolvi contar-lhes sobre a minha pequena coleção de pedrinhas.

Conheço outras pessoas que desenvolveram hábitos colecionistas, juntando chaveiros, isqueiros, moedas, cartões postais, selos etc. No meu caso, sem chegar a ser um colecionador respeitável, gosto de trazer pedrinhas, pedaços de cerâmica velha ou cacos de parede, até pedaços amorfos de argila ressecada, que vou recolhendo nos lugares que visitei. Nada valiosos, são coisas simples e pouco significativas aos olhares de outras pessoas. Para mim, são capazes de emocionar! Pego-os antes de chegarem a virar pequenos grãos de areia, perdidos nas praias e fundos de oceanos! Não sei explicar a atração que tenho por “pedras”, talvez seja em razão do sobrenome Rocha.

Grandes poetas e escritores já escreveram algo, sobre pedras que encontraram nos caminhos da vida! Carlos Drummond de Andrade, cantava ou chorava, em seus versos, porque havia uma pedra, uma única pedra e específica pedra, no meio do caminho! Na Bíblia, são conhecidas as Parábolas das casas edificadas nas rochas. De maneira geral, entendemos o significado das rochas, como sendo a presença de um sentimento de força e fé em Deus, mas também, sem qualquer apelo ao sentimento judaico das lamentações, há apelos de paz, em Israel, afastando dificuldades, padecimento e dor. Outro importante legado dos livros sagrados, refere-se ao apedrejamento da mulher adúltera, onde, serve como referência, o sentido de jogar pedras é a punição máxima de um crime. Ainda, nos nossos tempos, ditos civilizados, existem povos que adotam o apedrejamento, como uma forma de condenação à pena de morte. A sabedoria popular se refere também, certamente, ao desafio feito por Jesus: “Quem não tiver pecado, que seja o primeiro a jogar pedras!”. Como se sabe, naquela ocasião nenhuma foi jogada! E quem se arriscaria a atirar, ainda que fosse alguma bem pequenina?

Entretanto, podemos encontrar na literatura, passagens que dão às rochas, não importando o tamanho, um significado nobre, edificante, ou inversamente um sentido de dificuldades, desafios e obstáculo ao progresso da humanidade. Até mesmo as mais ingênuas histórias infantis, por exemplo, dão à habitação, quando construída com pedras e tijolos, a ideia de segurança e capacidade de resistir as intempéries! Lembra da fábula dos três porquinhos e o lobo mau, divulgada em 1853, pelo escritor australiano Joseph Jacobs? Quando crianças, nós cantávamos músicas alegres, formando no quintal, cirandinhas, mãos dadas! Lembram? Por favor, parem de ler um pouco! Cantem: “Se essa rua; Se essa rua fosse minha; Eu mandava; Eu mandava ladrilhar; Com pedrinhas; Com pedrinhas de brilhantes; Para o meu; Para o meu amor passar!”

Certa ocasião, estando em Portugal, amigos levaram-me a conhecer algumas das aldeias de xisto. São centenas em todos os lugares, autênticos vilarejos rurais, simples casinhas com paredes e telhados de granito, feitas para durar uma eternidade. Fiquei encantado e apaixonado, olhando aqueles pequenos sítios, localizados em vales tortuosos e montanhas escarpadas. Muitas das aldeias estão em decadência; são marcos significativos de um passado heroico, feitas para lembrar tempos muito antigos de glorioso trabalho rural; hoje, estão a testemunhar a chagada do progresso nas cidades novas, erguidas em padrões mais confortáveis e funcionais, isso é certo, mas sem a fortaleza daquelas enormes pedras, como foram construídas as pequeninas aldeias. As melhores palavras que encontrei, para descrever aquelas localidades, foram: sonhos e quimeras!

Figura 2: Fotos Rocha Maia


 

Figura 3: Quadro: “Bailarico Saloio”, autor Rocha Maia – 2008

Em Portugal, tive uma experiência única, em matéria de juntar pedrinhas, como uma espécie de amuletos e souvenires de viagem. Com amigos, visitei na Serra da Freita, Arouca, o local onde ocorre o fenômeno das Pedras Parideiras. Lá pude recolher, na natureza local, dois belos exemplares. Não vou dissertar sobre o fenômeno, único, em Portugal e na Rússia. Careço de conhecimentos, para comentar detalhes, de como acontece. Desde então, após aquela minha primeira viagem ao exterior, passei a juntar pedrinhas.

Fica difícil descrever as aventuras e emoções, que cada uma das minhas “pedrinhas” representa para minha memória. Algumas foram colhidas aqui na América do Sul (Chile, Argentina e Paraguai), outras colhidas pelo Brasil, de Norte ao Sul. Muitas vieram da velha Europa. Tamanhos variados, rústicas, na maioria das vezes, embora eu as tenha lapidadas e, também, lascadas. Brilho próprio e tonalidades muito diferentes. Elas são assim como nós, seres humanos, cada um com sua identidade única de existir! Somos todos iguais na essência do ser, contudo absolutamente únicos na forma e espaço que nos cabe ocupar, carregados com a mesma energia cósmica vital e divina.

 Figura 4: Fotos por Rocha Maia: “Pedras Parideiras” da Serra da Freita, Arouca, Portugal.

Coletar e colecionar pedrinhas tornou-se um hábito, com algum sentido místico; meu fado, viajar e colher “pedras” pelos caminhos! São companheiras de minhas andanças! Não pego qualquer uma que encontro! Não! Os encontros acontecem, mais ou menos, como cantava Luiz Ayrão: “Qualquer dia, qualquer hora, a gente se encontra. Seja aonde for; pra falar de amor...”! Vou andando e, de repente, meu olhar é atraído para determinada direção! Sem pestanejar, vejo algo que está ali a me esperar, no chão! Vejo então, aquela pedrinha! Não sei se o coração bate acelerado, mas sei que, num relance, eu abaixo e a pego com carinho. Para ter certeza de que não é uma qualquer, dou aquela examinada rápida, confiro detalhes; a seguir guardo com carinho. Não querendo parecer paranoico, daqueles que atiram pedras, disfarço! Conforme a situação, confesso, dou uma de louco manso! Antes, verifico se alguma outra pessoa está a me olhar, para só depois guardar, com grande respeito e carinho, aquilo que será considerado como mais uma nova “companheira” de minhas viagens. O tempo mostrou-me como as pedrinhas são sábias, boas conselheiras, importantes referências de memórias e de ensinamentos obtidos nas andanças da vida. Assim, fui colhendo dezenas de outras “companheiras”, algumas tão queridas e raras, como as minhas Pedras Parideiras.

Vá a Portugal e visite a linda cidade de Arouca! Aproveite para saborear os famosos e deliciosos Doces Conventuais!

Figura 5: Foto Rocha Maia


Luiz Roberto da Rocha Maia. Nasceu no Rio de Janeiro/1947. Morou em Teresópolis e Brasília e, atualmente, em Rio das Ostras. 

Em 2023, completa mais de cinquenta anos de atividade cultural.

Membro de diversas entidades culturais, no Brasil e em Portugal, é Fundador da Associação Candanga de Artistas Visuais - Brasília /DF. 

Membro da Academia Brasileira de Belas Artes – ABBA do Rio de Janeiro; e da Academia de Letras e Artes ALEART, Região dos 

Lagos/RJ. Participou de mais de duzentos eventos de artes no Brasil, Cuba, Portugal, França e Bulgária. Recebeu mais de setenta 

premiações e destaques em salões de artes plásticas.

Citado em catálogos e sites, possui obras expostas em galerias no Brasil e no exterior; bem como nos acervos do Museu Naïf de São José

do Rio Preto/SP; MIAN/Rio/RJ; SESC/SP, na coleção do Château des Réaux; e do Museu Internacional de Arte Naïf de Vicq, na França. 

Seus quadros estão presentes também em pinacotecas de diversas entidades e coleções de aficionados por arte naïf no Brasil, Cuba, 

França, Itália, Espanha, Chile, Japão, Bolívia e Portugal.

Por três vezes foi selecionado para a Bienal Naïfs do Brasil, tendo recebido o prêmio aquisição 2006, em Piracicaba/SP. Na literatura, 

publicou o catálogo “Ingenuidade Consciente”, Editora A3 Gráfica e Editora – 2010; o livro “O Diário de Lili Beth”, pela editora Videu

 – 2021; e colaborou com a Coluna Arte Animal, da revista digital Animal Business Brasil, escrevendo artigos versando sobre a presença

de animais como tema nas belas artes.


Texto, tela e fotos: Rocha Maia

Ilustrações: Jornal Rio de Flores


Edição e Direção Geral
Renato Galvão



quarta-feira, 24 de abril de 2024

 

Figura 1: Ilustração Jornal Rio de Flores

Talvez, em razão, dos assuntos abordados nos meus artigos publicados, os amigos sempre acabam comentando alguma coisa. Creio que assim aconteceu neste caso. Nem sei se havia algum cabaré naquela cidade! Quem me falou que aquele era o último? Foi um colega de boteco! Ele falava sobre o assunto como quem, realmente, tinha conhecimento de causa. Mas, não importa se aquele era o primeiro ou o último Cabaré daquela cidade, localizada às margens do Rio São Francisco. O que me interessou na história que ele me contou? Os “causos” e os personagens, com os quais meu amigo convivera, era o que prestava na narrativa! Os contos dele, com trejeitos que fazia, prendiam a minha atenção e me faziam rir!

Contava ele as histórias, em detalhes tão minudentes, que, nesse caso, vou até evitar repetir, para não correr o risco de facilitar a identificação, caso algum leitor saiba das particularidades que me foram contadas. Eram detalhes engraçados, do cotidiano do lugar, sórdidos algumas vezes, porém indispensáveis à compreensão daquele mundinho tosco e fechado! E como as coisas se passavam por lá?

Figura 2: Tela: Uma noite no Cabaré de ... Por Rocha Maia

O ritmo bem cadenciado do xote, no salão de dança, algumas vezes era marcado por uma espécie de sapateado. O lugar funcionava como botequim improvisado, onde algumas garrafas tinham o nome de quem as haviam comprado. Eram bebidas fortes, destiladas, algumas com nomes estranhos; outras, engraçados! As preferidas eram as cachaças: “Leite de Xota”; “Lágrima da Virgem” e “Amansa Corno”!  Muitas eram da mais pura “branquinha”, sem qualquer identificação da origem ou do alambique. Certamente, eram de boa procedência, mesmo sem ter marca; entretanto, o cliente devia confiar na qualidade oferecida pela casa. Até mesmo porque, qualquer uma delas, depois da quarta dose, era tudo igual. Diferença mesmo só era possível notar no dia seguinte, conforme a ressaca se apresentasse. Uns mais “calejados”, com o fígado saturado pelo álcool, afirmavam ser capazes de diferenciar as melhores caninhas pelo cheiro da pinga, desde que “entregassem” a parte do “santo do dia”.

Para o chão iam também todas as “bitucas” de tabaco não fumado. Não faziam parte das “ofertas”; apenas eram esmagadas com os pés! Vocês sabem qual era o santo mais festejado naquele cabaré? Alguém pensou em Santo Arnulfo? Nada disso, porque Arnulfo é santo dos cervejeiros! Pra quem bebe cachaça, São Benedito é o homenageado, também muito conhecido nos Terreiros como Ossain, o “Preto Velho”.

Na “orquestra” do Cabaré, liderada pela sanfona de Zé de Jacó, destacava-se o acordeom de Luiz, sempre bem afinado. No pandeiro tocava Severino, mestre no samba de roda e do chorinho à moda carioca. Tinha ainda uma viola, sempre disponível, para algum cliente que quisesse ele próprio tocar e cantar. Por fim, fechando o conjunto, lá estavam no surdo, sempre firme, o Mané Virgulino, com seu “TUM, TUM, TUM”! Pertinho dele, discreto, o triângulo gostoso do Binho de Zeca. O repertório? Sempre o mesmo! Abriam a noite com: “Eu vou mostras pra vocês, como se dança o baião, e quem quiser aprender é favor prestar atenção”, para logo depois, puxando no sotaque nordestino, se ouvir: “Xaxado é dança macha, dos cabra de Lampião, Xaxado, xaxado, xaxado, vem lá do sertão”. De vez em quando, um toca-discos bem antigo, fazia o revezamento, tocando long-plays com boleros e canções; os maiores sucessos! Cantores consagrados! Eram as Vozes dos Reis e Rainhas do Rádio, como Nelson Gonsalves; Emilinha Borba; Ângela Maria; Jackson do Paneiro; Cascatinha e Inhana; e as irmãs Linda e Dircinha Batista. Os frequentadores mais “mudernos”, naquela época, chegaram a ouvir, na “Victrola”, músicas de Nelson Ned; Agnaldo Timóteo; Reginaldo Rossi; ou dos irmãos Luiz e Zé Gonzaga.

O que bagunçava um pouco a festa? Somente quando botavam, “acidentalmente”, para rodar, algum disco riscado.  Vez ou outra, pra tumultuar, alguém colocava um diacho daquele arranhado, pra atrapalhar o embalo do “rala-bucho”. Mesmo assim, apesar das risadas e vaias, que logo apareciam, não faltavam pares a dançar. Para quem tinha molejo nas cadeiras, bastava ficar remexendo no ritmo, sem largar a dama, que logo-logo chegava alguém para dar um peteleco na agulha; era o bastante, logo parava de repetir no bolachão “xaxado-ado-ado-ado-ado”.  Briga e brabeza era coisa rara no lugar. Fora dos períodos de campanhas eleitorais, os frequentadores formavam uma espécie de grande-família; todos se conheciam e se respeitavam bem! Quando aparecia um forasteiro, os clientes podiam ficar tranquilos; certamente, aquele cabra era convidado de alguém da casa. Nem sempre, lá dentro, era tão calmo o tempo; em alguns momentos ficava mais “escuro”, é verdade! Mas, o mais comum de acontecer, escurecia bastante, quando alguma lâmpada queimava.

Quando “Coronel” Airson, vindo de Bodocó, resolvia passar pelo Cabaré, para se divertir um pouco, convidava seus correligionários da política local. Naquele dia, a segurança era grande, redobrada! Tinha capanga até por riba dos telhados das casas vizinhas. Fumante inveterado, o tal “Coronel” parecia uma chaminé de Maria Fumaça, de tanto tabaco que tragava. Vestido com seu indefectível paletó de linho alvejado, o homem fazia questão de dançar e beber, com todas as meninas disponíveis. Respeitador, é certo! Porém não aceitava molecagem, nem sacanagem com ele. Caso alguma quenga se excedesse nas intimidades, logo era “convidada” a dar um “passeio” no quintal.

Outro cliente conhecido, merecedor de tratamento destacado, era o baixinho, abusado, caolho, único médico da cidade, o Ginecologista Doutor Domingos! Homem de meia idade, solteirão, que se vangloriava, com amigos, de ser o único, a saber qual das moças da localidade ainda era realmente virgem. Enchia a boca para dizer: “Nem o pároco da igreja matriz sabe tanto como eu!”. Uma vez, “Coronel” Airson, de riba de sua “máxima” autoridade, indagou, porque seria o médico, não o Padre, quem mais poderia saber das referidas estatísticas, sobre as senhoras e as moças locais? Dizem as línguas perversas que Dr. Domingos respondeu assim, depois de umas boas talagadas: “O Padre tem ouvidos atentos no confessionário; mas não vê nada! Sou eu, que tenho um olho só, quem enxerga tudo. Portanto, como diz o povo, “em terra de cego, aquele que tem um olho é Rei!”

O comentário rendeu “léguas” de mexericos, quando foi ouvido por algumas das mulheres no Cabaré. Acabou indo parar nos ouvidos do Padre! Ninguém sabe ao certo se houve resposta verdadeira! Comentavam que, o Pároco, mandou um recado ao médico, dizendo que o confessionário ganhava do consultório, não naquilo que via, mas naquilo que fazia! A resposta não tardou a ganhar interpretações! Algumas eram respeitosas e puras, outras nem tanto! A versão que ganhou maior credibilidade foi de puro veneno, quando alguém acrescentou às palavras da resposta do Padre algo assim: “Doutor, ao final das minhas missas, observe a quantidade de crianças que me cercam e abraçam, gritando: -Sua bênção Padrinho Padre Diogo. Coisa que eu nunca vi acontecer com o doutor, quando está no consultório ou anda nas ruas!”

Além de beber muito, o médico era convencido! Vestia-se todo de branco, com gravata vermelha e chapéu ao estilo Santos Dumont. Se considerava um pouco acima da lei e dos poderes políticos locais. As quengas que apareciam no Cabaré, comentavam ser ele, por força da profissão, detentor de segredos de intimidades das pessoas, e que, caso fossem reveladas, poderiam abalar as estruturas da sociedade local, quiçá do País! Nas noites de cabaré, ele era visto constantemente bolinando mulheres e efeminados. Em tom de deboche, rindo mesmo, o médico afirmava que estava..., apenas fazendo um “exame-de-toque!”. Confirmando a galhofa, assumia que tinha nascido com a mão boba de apalpador, motivo que o levou a escolher a especialidade!

“Que absurdo!”. Assim o povo comentava!

Aquele era um dos ambientes frequentados pelos poderosos da comunidade. Tinha a preferência dentre todos os “bondosos” membros da elite social. Era um estilo de vida que jamais mereceu qualquer crítica, nem mesmo vinda do púlpito da Igreja ou da delegacia local, afinal, aqueles senhores, eram mantenedores de obras “caridosas”, com polpudas doações anuais, para benemerências sociais, em nome das oligarquias que se revezavam no poder estadual. Quando não eram os Coelho, eram os Ribeiro Rosado, mas podiam ser os Monteiro de Mello ou também os Bezerra da Silva. Por baixo dos panos, todos ficavam satisfeitos a dividir e controlar os poderes locais.

Mas, como tudo na vida, um dia a história se acaba! Olhando a evolução das civilizações, podemos entender como determinados “equipamentos” da vida urbana, surgiram, cresceram e depois se transformaram ou simplesmente acabaram. Assim foi com os grandes anfiteatros romanos, viraram teatros e, atualmente, nossos estádios. Da mesma forma, em menor escala, aconteceu esse mesmo tipo de transformação com as tabernas medievais, que viraram albergues de viajantes e que hoje são luxuosos motéis.  Alguns desses “equipamentos” do cotidiano urbano continuam a evoluir. Avançam nos conceitos modernos de serviços prestados ao turismo, porém outros, como os cabarés, chegam ao limite da existência; os que ainda persistem são os derradeiros. O tempo tornou-se implacável! A política nacional havia mudado radicalmente. Naquela altura já se ouvia falar dos Anos de Chumbo! Os conchavos partidários eram diferentes; começaram a aparecer uns tais de “biônicos”, alguns eram mesmo “eleitos” como interventores. Muitas coisas mudaram! Não sei ao certo, mas, parece, que o Cabaré dessa história também chegou ao final...; ou virou prostíbulo em Brasília!  De um lugar, tão badalado no passado, cheio de histórias para contar, de amores e traições, frequentado por gente importante e influente na vida daqueles barranqueiros, após ter perdido igualmente sua função social, foi vendo minguar a clientela mais abastada. Política e financeiramente, ficou inviável mantê-lo funcionando, advindo assim a decadência daquele último cabaré na cidade ...! 

Texto e Tela (Figura 2): Rocha Maia
Ilustração (Figura 1): Jornal Rio de Flores

Luiz Roberto da Rocha Maia. Nasceu no Rio de Janeiro/1947. Morou em Teresópolis e Brasília e, atualmente, em Rio das Ostras. Em 2023, completa mais de cinquenta anos de atividade cultural.
Membro de diversas entidades culturais, no Brasil e em Portugal, é Fundador da Associação Candanga de Artistas Visuais - Brasília /DF. Membro da Academia Brasileira de Belas Artes – ABBA do Rio de Janeiro; e da Academia de Letras e Artes ALEART, Região dos Lagos/RJ. Participou de mais de duzentos eventos de artes no Brasil, Cuba, Portugal, França e Bulgária. Recebeu mais de setenta premiações e destaques em salões de artes plásticas.
Citado em catálogos e sites, possui obras expostas em galerias no Brasil e no exterior; bem como nos acervos do Museu Naïf de São José do Rio Preto/SP; MIAN/Rio/RJ; SESC/SP, na coleção do Château des Réaux; e do Museu Internacional de Arte Naïf de Vicq, na França. Seus quadros estão presentes também em pinacotecas de diversas entidades e coleções de aficionados por arte naïf no Brasil, Cuba, França, Itália, Espanha, Chile, Japão, Bolívia e Portugal.
Por três vezes foi selecionado para a Bienal Naïfs do Brasil, tendo recebido o prêmio aquisição 2006, em Piracicaba/SP. Na literatura, publicou o catálogo “Ingenuidade Consciente”, Editora A3 Gráfica e Editora – 2010; o livro “O Diário de Lili Beth”, pela editora Videu – 2021; e colaborou com a Coluna Arte Animal, da revista digital Animal Business Brasil, escrevendo artigos versando sobre a presença de animais como tema nas belas artes. 

Edição e Direção Geral
Renato Galvão


terça-feira, 16 de abril de 2024

 

Figura 1 - Ilustração Jornal Rio de Flores

    Certo dia, ele queria escrever um artigo sobre arte, mas não encontrava um título! Como iniciar o texto sem ter um assunto definido? Parou de escrever! Num outro momento a coisa ocorreu de forma contrária. Numa espécie de perseguição, por vários dias, veio à sua mente um título, que parecia ser destinado ao artigo desejado. Com aquela designação, ele ocupou bom tempo das suas tardes e noites, pondo-se a escrever lentamente. Não sabia quando iria terminar. Não tinha afobação!  Digitou aquele título, a princípio estranho, no lugar apropriado, logo acima, no início da página. Ficou esperando pelos “fluídos” do texto, vindos do astral, porém nada acontecia. Quais seriam os tipos dos personagens, quais ideias eles trariam, como surgiriam? Até parecia aquele negócio de psicografia! Será que surgiria um texto injuntivo? Não acreditava que fosse algo tal como um manual de usuário ou propaganda; tampouco uma receita ou bula. Não lhe agradava escrever de forma imperativa, ditando padrões de obrigatoriedade de conduta. Então poderia ser algo expositivo ou dissertativo? Melhor ainda, pensava ele, se puder ser um texto descritivo! No fundo ele torcia por ser algo narrativo! Resolveu que seria melhor aguardar mais um pouco, para ver o que apareceria na caixola! O tempo chuvoso e abafado, naquele último fim de semana, parecia conspirar contra o surgimento das palavras de uma forma natural e gostosa. Não sabia o porquê, mas algo cutucava seus miolos com presságios apocalípticos! Na mídia, falavam muito sobre um eclipse total do sol, capaz de cobrir de costa a costa, todos os Estados da América do Norte. Queria esperar pelo evento solar, pra ver o que aconteceria. Aparentemente, nada aconteceu!

    Passaram-se dias; mas, naquela tarde, ele se sentia motivado; queria tentar escrever alguma coisa sobre arte. Dizia para si mesmo: “Vamos lá! Coragem! Veja o que vai sair!”

    De início lhe vieram alguns questionamentos interessantes.  Um primeiro perguntava assim: Como é possível uma mesma pessoa viver “muitas vidas”, numa só encarnação? Um segundo ponto lhe perturbou a consciência: Teria, a pergunta inicial, naqueles termos de “muitas vidas”, dado o sentido de “diversas experiências”; ou seria algo diferente, relacionado ao campo da espiritualidade?

    Não pretendia passar dos limites das suas próprias experiências! Respeitaria aquela linha de fronteira entre a sabedoria e a santa ignorância, coisa que todos os humanos têm. Afinal, aquele título era interessante: “Sim! Eu estive lá, para Amar no Mar!”.

    Então..., parou; e pensou: “Quem ousaria questionar sobre as múltiplas experiências de minha vida?” Resolveu aguardar mais um pouco! Decidiu revisar comentários, algumas lembranças publicadas no seu Facebook. Nem sempre conseguia ler todos os comentários publicados. Quem sabe? Talvez, poderia encontrar alguma coisa interessante? Foi o que fez!

    De fato! Encontrou um comentário bem antigo, o qual chamou a atenção, apesar de ser breve. Dizia sobre determinada pintura, realizada há alguns anos, com o título “Maramar Quadrado”. Pensou assim: “Compensa destacar esse caso!”. Afinal, alguém havia escrito: “Mare Amore Quadrato - Opera della COLLEZIONE - FONDAZIONE MINO SORVILLO - ITÁLIA!" (Anteriormente, o quadro estivera exposto do Salão Internacional de Pintura Naïf do Casino Estoril – Portugal, no ano 2014. O colecionador, um empresário italiano, senhor Cosimo Sorvillo, adquirira a obra quando exposta em Lisboa).

    Só agora, aquele comentário, podia ser bem avaliado, considerando a importância das palavras vindas de um colecionador internacional de arte naïf. O artista ficou orgulhoso e envaidecido, muito agradecido ao senhor Cosimo, pela valiosa informação. Prometeu a si mesmo: “Um dia irei à Itália, para visitar a bela coleção de arte naïf, sustentada por tão importante mecenas italiano!”.

    A pintura representa uma alegoria do espaço histórico conhecido como Quadrado, no distrito de Trancoso, Porto Seguro, Sul da Bahia. Os personagens foram inspirados nos diversos tipos humanos exóticos, por vezes eróticos, encontrados naquela localidade, interagindo com a paisagem rústica e a natureza bem preservada. Originalmente, o Quadrado era uma aldeia jesuíta de nome São João Batista dos Índios, fundada em 1586.  Preservado integralmente, até 1970, Troncoso ganhou fama entre praticantes de vida naturalista e preservacionista. Eles divulgaram, no Brasil e no exterior, as belezas do local. Dessa maneira, foram abertos caminhos para fluxos de viajantes e investidores, muitos deles vindos da Europa, provocando um “bum” de crescimento do turismo, o que colocou em risco o patrimônio cultural e histórico local. 

    Deixando de lado as divergências entre naturalistas, preservacionistas e turistas, sobre o que se deveria fazer, para melhor manter Trancoso livre de ameaças de um inevitável e fatídico tombamento, o artista, autor do quadro “Maramar Quadrado”, fez sua parte! Contou, com pinceladas ingênuas, aquilo que na época era visível, a história daquele pequeno arraial, escrevendo com os pincéis, sobre coisas que via: o mar; o amor; e o Quadrado, em Trancoso. Com aquela tela, ele queria dizer a todos: “Sim, e eu estive lá!” 

    Interessante lembrar que, aquele litoral todo, denominado Museu Aberto do Descobrimento do Brasil - MADE, é uma região permanentemente submetida ao tombamento histórico nacional, sob tutela do HIPHAN, desde 1996.

    De forma singelamente destacada na paisagem, em Trancoso, a antiga capela de São João Batista, tornou-se um dos principais pontos de atração turística no Quadrado, estando sempre lotada a sua agenda, para casamentos de famosos. É uma das mais requisitadas igrejas na Bahia. Depois de 1970, transformou-se em ponto de referência para grupos de hippies, passando a atrair todo tipo de gente do mundo todo. O cenário representa essa diversidade de culturas, com seus naturais encontros e desencontros. Óbvio que foi o formato retangular do local que deu origem ao nome Quadrado, cercado por algumas casinhas rústicas dos habitantes primitivos. Posteriormente, nelas se instalaram lojas de artesanato e restaurantes típicos da culinária baiana. O centro é ocupado por terreno plano coberto de grama natural, onde a espontaneidade popular propicia a prática de esportes coletivos. Lá é um campo certo, ideal para brincadeiras ao calor do sol, refrescado pela generosa brisa, que circula entre o mar e a terra. À noitinha, casais apaixonados se deitam na relva para namorar! Os gemidos de prazer são abafados, porque se misturam aos sons das ondas do mar, lembrando versos de Caymmi! O mar, quando quebra na praia! É bonito, é bonito!  Região de oceano aberto, com águas quentes, por lá é fácil avistar baleias que procuram o litoral da Bahia, para também amar e procriar. 

    Finalmente, depois de alguns dias escrevendo sofregamente, o título estava justificado: “Sim! Eu estive lá, para Amar no Mar!”.


Figura 2: Quadro “Mar Amar Quadrado”, ano 2008, autoria de Rocha Maia.


Texto e Tela (Figura 2): Rocha Maia
Ilustração (Fugura 1): Jornal Rio de Flores

Luiz Roberto da Rocha Maia. Nasceu no Rio de Janeiro/1947. Morou em Teresópolis e Brasília e, atualmente, em Rio das Ostras. Em 2023, completa mais de cinquenta anos de atividade cultural.
Membro de diversas entidades culturais, no Brasil e em Portugal, é Fundador da Associação Candanga de Artistas Visuais - Brasília /DF. Membro da Academia Brasileira de Belas Artes – ABBA do Rio de Janeiro; e da Academia de Letras e Artes ALEART, Região dos Lagos/RJ. Participou de mais de duzentos eventos de artes no Brasil, Cuba, Portugal, França e Bulgária. Recebeu mais de setenta premiações e destaques em salões de artes plásticas.
Citado em catálogos e sites, possui obras expostas em galerias no Brasil e no exterior; bem como nos acervos do Museu Naïf de São José do Rio Preto/SP; MIAN/Rio/RJ; SESC/SP, na coleção do Château des Réaux; e do Museu Internacional de Arte Naïf de Vicq, na França. Seus quadros estão presentes também em pinacotecas de diversas entidades e coleções de aficionados por arte naïf no Brasil, Cuba, França, Itália, Espanha, Chile, Japão, Bolívia e Portugal.
Por três vezes foi selecionado para a Bienal Naïfs do Brasil, tendo recebido o prêmio aquisição 2006, em Piracicaba/SP. Na literatura, publicou o catálogo “Ingenuidade Consciente”, Editora A3 Gráfica e Editora – 2010; o livro “O Diário de Lili Beth”, pela editora Videu – 2021; e colaborou com a Coluna Arte Animal, da revista digital Animal Business Brasil, escrevendo artigos versando sobre a presença de animais como tema nas belas artes.

 
Edição e Direção Geral
Renato Galvão


sexta-feira, 12 de abril de 2024

 


 

Despertou… E se a tristeza decidir surpreender logo pela manhã?

E se do nada o desespero te atacar, aproveitando de um de seus momentos de fragilidade?

E se a decepção resolver cercar você, encurralando-o, a algo que você não quer?

E se a lágrima quente e pesada insistir em cair banhando o seu rosto?

E se o seu próprio eu te contrariar e se contradizer?

E se a verdade de alguém que perdeu já não tem mais sentido?

E se a mentira, repentinamente, encontrar um espaço na vida de alguém em relação à sua pessoa?

E se, ao invés de certezas, tiver apenas as interrogações?

E se o belo já não é mais belo e a ausência de beleza passou a ser significativo?

E se o trabalho, o dinheiro, já não consegue satisfazer?

E se a família, que antes era, hoje já não é o seu porto seguro?

E se nos amigos, já não consegue encontrar um ombro amigo?

E se você não vê nem no que lhe cerca e nem no seu interior, algo que te motive a sorrir?

E se a própria existência é ignorada, parecendo ter perdido de fato o sentido?

 

Caro amigo, existe algo que você não pode e nem deve perder por nada e nem por ninguém!

Sabe o que é? É uma palavrinha monossílaba, com apenas duas letrinhas, que pode mover todas as estruturas. É a FÉ! Essa você não pode perder. A fé em Deus, a fé em si, a fé nas pessoas… A sua fé deve ter o poder de transpor toda e qualquer adversidade.

Ignore os dissabores elencados do início até mais da metade do texto.

Desperte com sentimento de gratidão.

Não reclame.

Utilize palavras abençoadoras, consagre a Deus o seu dia.

Respire fundo e reconheça o valor da vida.

Não permita nenhuma negatividade subir ao teu coração.

Siga com FÉ. É exclusivamente nela que “Deus se levanta e age!”


Texto: Josy Oliveira

Ilustração: Jornal Rio de Flores


Josy Oliveira. Nascida em 02/02/1976 na cidade Pombos-PE.
Professora com formação em Letras pela Univisa, antiga Faintvisa - Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão e cursando Pós Graduação em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira pela Faveni.
Coautora nas Antologias/Coletâneas Encantos da Lua, Elas São Flores, Natureza Fonte de Vida, As Faces do Amor,  Vida, Palavras Libertas, A Arte de Escrever, Aos Pés das Letras, Reflexões... Histórias e Revelações e Prefaciante e Coautora na Antologia “Velhice, vida ou morte?”, produzidas pela Rio de Flores Editora. Coautora na Antologia Amor Secreto pela INDE, Coautora na Antologia Passarela Literária vol. 3. Vencedora do primeiro concurso de poesia no Grupo Poeta, Escritores Amadores e Leitores, em outubro de 2021.

Edição e Direção Geral
Renato Galvão


quarta-feira, 10 de abril de 2024

 


Tenho origem muito humilde e nunca escondi isso. Os meus pais semianalfabetos, porém, fizeram inúmeros esforços para que eu pudesse cursar a educação básica (no meu tempo, também chamada de 1º e 2º graus). Sou de um tempo em que filho de pobre deveria ser empregado de famílias ricas, sem qualquer possibilidade de almejar um curso universitário.

A minha mãe, contudo, sempre repetiu: só o conhecimento liberta e somente ele poderá te garantir uma vida melhor que a minha vida e a vida do teu pai.

Em termos de educação formal, segundo um amigo, doutor em Engenharia Ambiental, eu devo ter em torno de 21 anos da minha vida que foram dedicados aos estudos. Ensino fundamental, ensino médio, graduação, mestrado e doutorado constituem parte desse caminho. Depois disso, fui professora de ensino médio, graduação e pós-graduação.

As linhas escritas até aqui servem para duas coisas: sou fruto do esforço e das exigências dos meus pais; entre estudante e professora, eu passei 24 anos no meio universitário, em que se faz, inclusive (eu fiz no Mestrado), disciplinas chamadas, por exemplo, de Redação Acadêmica, em que se aprende a escrever conforme a norma culta da língua portuguesa, mas também de acordo com as exigências dos órgãos de fomento/financiamento de bolsas de estudos, com normas de revistas e eventos para publicação. Diria que sou “formada” em uma escrita hermética, rigorosa, calcada nos meus conhecimentos de língua portuguesa ou, como diziam os meus ex-alunos de ensino médio: “como essa mulher fala difícil”. Imaginem a escrita.

Por outro lado, há um distanciamento muito grande entre o meio universitário, em que se produz conhecimento, tudo é problematizado (o quê? por quê? para quê? como?), nada é uma verdade dada, líquida e certa, e os conceitos, as verdades podem mudar, desde que haja provas suficientes para que a mudança ocorra.

Em 2014, contra a minha vontade, mas premida pelas necessidades básicas da vida, aposentei-me e...boom, um estopim! O meu mundo ruiu. Fora das paredes e dos campi universitários, o mundo da leitura e da escrita, da compreensão dos fatos, é muito diferente, restrito, e eu não estava mais acostumada com isso.

Quem questiona a realidade circundante é louco.

Quem detém um conhecimento específico, por exemplo, as regras básicas da língua portuguesa e usa, é louco.

Quem argumenta contra “as verdades” dispersas pelas redes sociais e que formam o senso comum é louco.

Fui rotulada como louca, difamada à exaustão. Fui ofendida e humilhada pela minha maneira de encarar os fatos, questionar os fatos. Alguns anos de sofrimento e dor foram necessários para entender a visão do mundo una, totalitária que envolve as pessoas, desde preconceitos rudimentares como toda mulher tem que casar e ter filhos até o fato de “filha de pobre com doutorado, imagina!”.

Mas, diante desse cenário (que me foi aterrador), eu descobri como é lindo, instigante, prazeroso um universo que eu sempre amei: ler e escrever. Dessa Arte estupenda, eu quero tratar no meu próximo texto (não desistam de mim).

Antecipo que a Editora Rio de Flores, Renato Galvão e inúmeros coautores de suas antologias têm um papel relevante nessa história.

Texto: Elaine dos Santos

Ilustração: Jornal Rio de Flores

Elaine dos SantosDoutora em Estudos Literários pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Tem formação em espanhol pela Universidad de La Republica, Montevidéu. É autora do livro Entre lágrimas e risos: as representações do melodrama no teatro mambembe, adaptação da sua tese de doutorado. Professora aposentada, atuou no ensino médio, graduação e pós-graduação. É revisora de textos acadêmicos. Cronista e antologista. Laureada com a Comenda Barão de Mauá, pela Academia de Letras e Artes de Arroio Grande; Comenda Cícero Pedro de Melo, pela Câmara Literária de Pomerode; Comenda Maria Firmina dos Reis, pelo Instituto Internacional Cultura em Movimento, Mundo Cultural World e Academia Maranhense das Ciências, Letras e Artes Militares; Medalha Comemorativa Alusiva ao Bicentenário do Poeta Gonçalves Dias (1823-2023) pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes e Medalha Hilda Ferreira da Cunha pela Academia de Letras e Artes de Arroio Grande.



Edição e Direção Geral
Tenato Galvão

quarta-feira, 3 de abril de 2024

 

Após se deparar com um carro em chamas
em plena Avenida Paulista e se apossar de
uma das provas na cena, a jornalista Ana Cristina Jordão
se envolve em um intrincado e misterioso caso.
O que parecia ser uma mera cobertura jornalística,
aos poucos, acaba se mostrando para a repórter
uma assustadora e perigosa investigação criminal.

"O acidente de ontem não foi o primeiro
e nem será o último"
As palavras do delegado Ian Vieira criam uma tensão,
aguçam ainda mais a nossa curiosidade.
Quem serão as próximas vítimas?
Quem será o assassino?
E o principal: por quê?
Qual é a verdade por trás dos "Corpos em chamas"?
O que há de tão importante no pen-drive
pego por Cris na cena do crime?

Um romance de tirar o fôlego, daqueles que
nos prende do início ao fim e que nos deixa ávidos
pela resolução da trama.
Com uma narrativa atraente, repleto de intrigas familiares e
mistérios, ambientado na grande capital paulista,
MORTE TATUADA reflete em suas páginas toda
a qualidade do trabalho minucioso de
Debora Gimenes como romancista e é
um prato cheio para os amantes de ficção policial.



Debora GimenesNascida no ano de 1973 na capital de São Paulo, é escritora, editora, leitora beta e få de rock and roll. Dona do canal "Mundo da Debby" e coapresentadora do canal PodLetras no youtube, publicou contos e organizou antologias em diversas editoras. Autora dos livros "Trevas" e "Do Real ao Imaginário - Contos de Lady Debby Lenon", tem ainda diversos outros contos publicados na Amazon. É associada da Aberst (Associação Brasileira dos Escritores de Romance de Suspense, Terror, Policial) onde, desde 2020, ocupa uma vaga em seu conselho diretor. Fez vários cursos sobre literatura, artes cênicas e História Geral.

Jefferson Pontes. Nascido em Natal/RN em 1992 e mudou se ainda pequeno para São Paulo. Trabalha como conferente de valores em uma empresa de ônibus na cidade de Itu/SP onde reside com sua esposa e suas filhas. Tem duas edições de sua série intitulado O que ela não lhe disse publicados até o momento. É escritor, poeta, compositor e colunista no blog do Jornal Rio de Flores de Teresópolis-RJ onde em sua coluna escreve resenhas de vários livros nacionais. Em 2020 recebeu uma moção de aplauso dos vereadores da cidade pela publicação da primeira edição do seu livro intitulado “O Que Ela Não Lhe Disse”. Em 2021 ficou entre os 44 classificados no primeiro prêmio Art Letras de Literatura organizado pela Art Letras Editora. Em 2022 recebeu o título de referência e qualificação literária Paladinus Literary cedido pela Academia Independente de Letras. Antologias e Coletâneas que participou: “Palavra em Ação” (Editora Alecrim); “Almas Cativas” (Biblos Editora), “Ainda Te Amo” (The Four Editora); Eu Continuo te amando” (Andros Editora); “Rio de Flores”, “Encantos da Lua”, “As Faces do Amor”, “Vida” e “A Arte de Escrever” (Rio de Flores); “Caixa de Memórias”, “Elementais” e “A Coragem de Pensar Diferente” (Antologias Brasil).

Resenha: Jefferson Pontes

Ilustrações: Jornal Rio de Flores

Edição e Direção Geral
Renato Galvão