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Foto 1 - Reprodução |
Por
volta do ano de 1700, o Major do exército britânico John Forbes com uma
pequena tropa, cavalgava pela região do antigo Ceilão atual Sri Lanka, quando
avistou algo incomum e extremamente espetacular. Algo que nem o Major e muito
menos seus comandados, haviam visto em toda a sua vida. Eles estavam diante de
fantásticas ruínas de uma antiga cidade conhecida hoje por Sigiriya (pronuncia:
se-gui-ria), cujo a tradução é algo como “a montanha ou rocha do leão”.
Sigiriya
foi construída no topo de um monólito de puro granito medindo 370 metros de
altura e ainda é surpreendente e misteriosa. Uma cidade que vem deixando os
arqueólogos com mais dúvidas do que respostas. Sigiriya possui em sua entrada
uma escada ladeada por patas de leão. A fortaleza foi originariamente
construída na forma de um leão agachado, com a sua entrada sendo feita pela
boca do leão. Somente as patas gigantes foi o que restou da figura do leão,
porém, seu perfil imponente ainda se impõe em toda a estrutura, com pedras
enormes esculpidas e pintadas.
Tecnologia
avançada
Quando
o Major Forbes e seus soldados decidiram investigar a cidade descoberta,
encontraram vários sinais de engenharia avançada. A referida cidade apresentava
exemplos de planejamento urbano moderno. Diante dos olhos daqueles militares,
mostravam-se técnicas e tecnologias muito mais avançadas do que poderiam supor
para época em que a cidade foi construída, inclusive desafiando os dias atuais.
Antes
abandonada, Sigiriya hoje se tornou um dos sítios arqueológicos mais
importantes já encontrados em nosso planeta. Principalmente pela riqueza de
detalhes verificados e dúvidas que ela levanta.
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Foto 2 - Reprodução |
Na
região em torno da imensa rocha onde a cidade foi erguida, encontraram-se
evidencias de que ali teria sido cidadelas ou vilarejos, onde a população
plebeia provavelmente residia. Porém, segundo os arqueólogos e estudiosos
responsáveis pelas investigações, foi no monólito que se encontrou a verdadeira
joia. Sigiriya apresenta grande uniformidade no seu topo com cortes
bastante precisos na rocha dura. Alguns arqueólogos teorizam que o topo de
Sigiriya tenha sido construído no século V da nossa era. Acreditam que a maior
parte da cidade como os palácios e o descomunal tanque de granito que tinha a
função de armazenar milhares de litros de água, podem ter sido construídos pelo
Rei Kassyapa.
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Ravana - Foto 3 Reprodução |
De
acordo com os habitantes locais, principalmente os mais idosos, Sigiriya foi
edificada milhares de anos antes, tendo como construtor o deus Ravana,
originário da cultura Hindu, pertencente a uma raça de seres Asura. A crença
local acredita que essa divindade desceu do céu, juntamente com outros deuses
para governar a humanidade. Bom, nos épicos do hinduísmo está registrado que Ravana governou o Sri Lanka de seu palácio em Sigiriya. Ainda, segundo ao
hinduísmo, o palácio de Ravana foi destruído logo após a guerra com Rama.
Referente
ao surgimento de Sigiriya, encontra-se em torno do monólito sinais de homens na
região que nos faz retornar ao período mesolítico, aproximadamente 5000 a.C. Encontrou-se também evidências de que Sigiriya e arredores foram
utilizados ou habitados por monges budistas, sendo este, fato comprovado. Já a arqueologia, acredita que Sigiriya tenha sido edificada pelo Rei Kassyapa. Há também a possibilidade de
Kassyapa e seus governados apenas ter ocupado a cidade em meados do século V,
pois, já naquela época, seus antigos construtores por motivos desconhecidos, a
haviam abandonado. Assim, Kassyapa, apoderou-se da cidade abandonada, tomando
para si os ônus de construtor ou idealizador da referida cidade.
Rei
Kassyapa.
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Arte moderna rei Kassyapa - Foto 4 - Divulgação |
De
acordo com a história, Kassyapa era filho bastardo do Rei Dhatu Sena e chegou
ao trono após uma luta pelo poder com seu irmão Moggallana (Mahamoggallana) que
seria o legítimo herdeiro. Após vencer o seu irmão, Kassyapa, resolveu mudar a
capital do reino para Sigiriya, construindo uma grande fortaleza que julgou
impenetrável no alto de uma imensa rocha de granito. Historiadores afirmam que
a referida fortaleza descreve ou representa o caráter de Kassyapa, ou seja, ele
era ambicioso e visionário. Em Sigiriya, sobre as ordens dele, foram
construídos jardins, tanques de água, pinturas rupestres e outras tantas
construções, tornando a fortaleza numa imensa obra de arte e de engenharia.
Porém, o reinado de Kassyapa foi frisado por conflitos internos e externos.
Nobres e líderes religiosos eram seus opositores internos e a base dessa
oposição era o fato de Kassyapa ter usurpado o trono de seu irmão Moggallana e
pelas extravagâncias cometidas na construção da fortaleza. Kassyapa guerreou
contra as forças militares do vizinho Reino de Anuradhapura que não aceitava sua autoridade e não o reconhecia como legítimo rei. O Rei Kassyapa encontrou
sua derrota e a morte numa batalha contra os exércitos de seu irmão Moggallana
que recuperou o trono que lhe era de direito e descendência. Segundo os
estudiosos e historiadores, Moggallana não quis reinar em Sigiriya, entregando
assim, a fortaleza aos monges budistas que lá permaneceram até o século XIV.
Porém, ninguém sabe porque motivo, a cidade foi abandonada pelos monges e desde
de então jamais foi habitada novamente.
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Painel 01- Afrescos encontrados no palácio e rochas por toda Sigiriya - Foto Reprodução |
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Foto 5 - Divulgação |
Sigiriya,
a cidade misteriosa, apresenta construções que fazem os arqueólogos perderem horas,
dias, meses e anos tentando achar respostas. Uma dessas construções é parte de
uma pirâmide de degraus que possui características semelhantes às encontradas
na América Central. Já no lado oeste de Sigiriya fica localizado outro parque
onde se apresentam sinais de uma engenharia antiga avançada. O parque possui
várias estruturas para reter água, incluindo um sofisticadíssimo sistema
hidráulico destinado a fornecer água para os jardins. O referido sistema
hidráulico é composto por canais, lagos, represas e até mesmo bombas d’água,
apresentando um planejamento infalível e severo utilizado na construção de
Sigiriya. Algo marcante e sem explicação em Sigiriya é que alguns desses
sistemas hidráulicos fornecem água para a área até os dias de hoje. Seus lagos
e reservatórios nunca secam.
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Painel 02 - Em contraste aos belos afrescos, foi encontrado pinturas rupestres nas rochas - Foto Reprodução |
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Foto 6 - Divulgação |
As
várias estruturas encontradas em Sigiriya no topo da rocha monolítica foram
edificadas com tijolos de barro. E isto é outra dor de cabeça para os
arqueólogos, pois não há uma explicação lógica, de como os mais de três milhões
de tijolos usados chegaram ao topo da rocha (370 metros de altura). Quando o
Major Forbes chegou em Sigiriya, não haviam escadas ou indícios das mesmas ou
qualquer outro recurso que pudessem ser usados para qualquer tipo de trabalho
ou acesso ao topo da fortaleza.
Interessante
que nos dias de hoje foram construídas escadas de metal rodeando as laterais da
rocha para que os turistas tenham acesso ao topo. Mais interessante ainda é que
o tempo de subida e descida dura 4h. Certamente na cabeça dos historiadores e
arqueólogos uma pergunta martela os seus cérebros: O que os antigos
construtores faziam para carregar toneladas de materiais até o alto da rocha,
pois não há vestígios de trilhas, escadarias ou qualquer outro meio para se
chegar ao topo de Sigiriya?
Se
não bastasse a falta de um meio para chegar ou transportar materiais até o topo
da rocha, temos algo que complica ainda mais qualquer tipo de transporte até
Sigiriya. A cidade é cercada por uma densa floresta. Buscar ou transportar matéria-prima
para construir tijolos no |
Foto 7 - Divulgação |
local, certamente seria impossível, pois, temos
intemperes do clima da região, dificuldades de locomover ou transportar entre a
floresta densa, terrenos íngremes, rochosos e animais selvagens que vivem por
lá muito antes do homem.
Vale
a pena informar que o governo de Sri Lanka só construiu as escadas devido ao
turismo forte na região, principalmente depois que a Unesco decretou Sigiriya
patrimônio mundial. Caso não fossem construídas tais escadarias, somente
poder-se-ia chegar ao topo da rocha via aérea ou através de escaladas
profissionais.
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Painel 03 - Todos os afrescos representam as esposas e concubinas de Kassyapa. Há também representações de deusas - Foto Reprodução. |
E os
mistérios continuam...
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Foto 8 - Reprodução |
Arqueólogos
encontraram marcas estranhas de ferramentas que parecem ser canais estreitos ao
longo de toda a lateral da rocha. O que seriam estas marcas? Eles tentam
explicar ou informar que estas marcas foram esculpidas em tempos antigos. Sim,
mas a resposta não nos informa como foram feitas, principalmente por não haver
qualquer possibilidade de acesso. Não há encostas para que alguém acesse, se sustente
e trabalhe usando, sabe-se lá, que ferramentas para deixar tais marcas. E
ainda, se foram povos antigos, que povos eram esses, pois as dificuldades de
hoje são as mesmas do passado? Será que povos antigos podiam voar, tinham
aparelhos voadores que possibilitassem tal trabalho? A única resposta seria
outra pergunta: Será que a classe operária de Sigiriya usavam cordas ou outro
material que os deixassem pendurados enquanto executavam seus difíceis, para
não dizer impossíveis, trabalhos?
Buracos
circulares muito profundos foram perfurados na rocha próximo ao pico,
milimetricamente perfeitos. E as perguntas não param: Como os operários de
Sigiriya conseguiram esta façanha usando ferramentas primitivas, sem o auxílio
de uma simples broca? Se não bastassem os furos perfeitos, perto dos mesmos
encontra-se sulcos igualmente profundos. Como foram feitos tais furos ou
sulcos? Qual era o propósito dos mesmos? Como foram feitos, por qual ferramenta
e mão de obra?
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Painel 04 - Desenhos estranhos e furos na lateral externa, local de acesso impossível para época ou período que Sigiriya foi construída - Foto Reprodução |
E
tem mais...
Ao
lado das marcas dos sulcos foram encontradas outras perfurações de menor
diâmetro, porém penetrando fundo na rocha. Aí entra em cena os chamados
estudiosos propondo que tais marcas foram feitas utilizando-se algum tipo de
máquina avançada para perfurar a rocha. Eles só se esqueceram que Sigiriya foi
descoberta em 1700 casualmente, que remonta do século V ou, como as histórias
contadas pelo hinduísmo, a cidade foi construída 5 mil anos atrás. Que máquina
avançada seria essa capaz de deixar marcas e fazer furos numa das rochas mais dura
encontrada no planeta (o granito) nos períodos citados acima?
Vejam
só isso...
Naturalmente,
esta descoberta em Sigiriya, chamou mais ainda atenção de arqueólogos e
historiadores. No topo da rocha foi encontrado um enorme tanque de água, junto
ao palácio e os jardins. O descomunal tanque mede 27,5 mts de comprimento por
21mts de largura e 2mts de profundida. Até aí nada de anormal, mesmo que tal
tanque foi construído no topo da rocha que mede 370mts de altura. Mas, vamos
seguindo. Bom foram retirados ou escavados 1100 metros cúbicos de granito e
removidos 3500 toneladas de entulhos manualmente. Começou a complicar...
Detalhe:
O granito é uma das rochas mais duras encontradas em nosso planeta. Bom, somos
conhecedores que naqueles tempos as ferramentas conhecidas eram o cinzel e o
martelo. Considerando as dificuldades apresentadas para escavar o granito com
estas ferramentas primitivas, os operários levariam anos para terminar o
trabalho no referido tanque. Haja paciência, calos nas mãos e muita força de vontade
para entregar tal obra. Será que tais operários executaram este trabalho
utilizando algum tipo de tecnologia avançada?
Veja...
Não há sinais claros ou verificados que os trabalhadores utilizaram ferramentas
primitivas para executar as escavações. O que se vê são marcas em forma de
conchas por vários metros semelhantes às encontradas em sítios arqueológicos no
Peru e no Egito. Estas semelhanças deixam historiadores, arqueólogos e
cientistas com uma grande interrogação em suas cabeças, pois não encontram
explicações para as tais semelhanças. Cabe aqui uma pergunta: Como uma cultura
do Oriente Médio coincide em características e semelhanças com outra cultura do
outro lado do oceano Atlântico, e mais, em períodos e ocasiões totalmente
diferentes?
Pelo
que sabemos não existiu qualquer possibilidade de comunicação entre estes
povos.
Alguém
andou viabilizando ferramentas poderosas para os povos espalhados pela Terra.
Ou melhor, alguém com uma tecnologia extremamente avançada nos primórdios de
nosso planeta, passeou por aí utilizando-se de mão de obra primitiva para
construir, modificar, modernizar e edificar cidades e monumentos por todo
planeta. Vide "A Saga dos Sumérios"...
Fontes e Fotos:
Internet
Literatura:
Livros: Ramayana e Mahabharata de William Buck
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Edição e Direção Geral: Renato Galvão |
Fantástico.
ResponderExcluirGratidão Querida
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