segunda-feira, 7 de outubro de 2024

 

Num mundo perfeito, não haveria fome. Nem crianças sem lar ou em trabalho escravo. Seria perfeito se todos os direitos inerentes aos humanos, fossem respeitados. Não haveria analfabetismo, crianças teriam direito de brincar, de ir à escola.

Homens e mulheres, teriam o direito ao trabalho, sem discriminação salarial. Não haveria corrupção. O governo eleito pelo povo, eleito pelo povo realmente. Trabalharia para construir e manter uma sociedade igualitária. Sem discrepância de território, sem defasagem de cultura, economia, incentivos fiscais e oferta de trabalhos dignos.

Num mundo perfeito, crianças não teriam responsabilidade de trabalhar para o sustento da família. Como os coletores de Assaí, nas pobres palafitas na beira do Rio Amazonas, sem que tenham direito a água, alimento de qualidade. Sendo expropriados de dignidade, confinados a sina de ser somente, colhedores de frutos, sendo os primeiros na cadeia, desconhecendo o lucro dos proprietários da terra, dos atravessadores, das indústrias, que manipulam, vendem e ganham a custa dos infelizes.

O mundo do século XXI, globalizado, a disparidade de seus habitantes, envergonham nações. O mundo de hoje, valoriza o lucro, o dinheiro, o poder, esquecendo de quem trabalha, dos verdadeiros propulsores da economia; os que fazem o trabalho braçal, que se contentam em ter um simples prato de comida.

Século de extrema opressão, onde o pobre a cada dia fica mais pobre e os poderosos acharcam, abarcam milhões. Um mundo de tantas desigualdades, de pessoas completamente alheias ao outro ser humano. Um mundo que o poder, exibe completa ignorância, sobre aqueles que realmente trabalham, para que a grande roda da ganância sobreviva.

Seria um mundo ideal se o alimento chegasse aos pequenos, aos expropriados do direito de ser humano. Se todos tivessem acesso à saúde, educação, trabalho. Seria um mundo ideal se o ser tivesse um teto, paz e vivesse sem desespero.

Longe da utopia de sermos todos iguais, não há igualdade. O que há é intolerância, seja ela de raça, cor ou credo. Não há crescimento, sem que o trabalho seja valorizado, sem que os responsáveis pelo destino de uma nação, lutem em prol do bem comum. Que usem o poder que têm em suas mãos, para gerar união, a preservação dos direitos que todos os humanos devem ter, ou seja: liberdade, igualdade e respeito a cada ser do planeta, essa é a verdadeira utopia.


Texto: Ivete Rosa de Souza
Edição e Ilustração: Jornal Rio de Flores

Ivete Rosa de Souza ou Rosa dos Ventos, poetisa, cronista e contadora de histórias. Nascida em Santo André. SP, atualmente participando de antologias físicas e ebooks, contabilizando mais de 80 participações. Publicou dois livros de poesias, descobriu-se contista no gênero de Suspense e terror e outros de fantasia, onde houver história sempre haverá alguém para contar.

Edição e Direção Geral
Renato Galvão


 


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