 |
| Figura 1: Ilustração Jornal Rio de Flores |
Desde que o homem por
“um passe de mágica” se transformou em um ser inteligente, a busca pelo
paraíso, pela eternidade ocupou seu pensamento e ações. A partir daí, deuses
foram criados e adorados, ceitas, cultos e religiões passaram a fazer parte da
vida da chamada “criação divina” e com isso surgiram também as artes.
Primeiramente, retratando o cotidiano dos seres considerados selvagens que
eternizavam em seus desenhos rupestres nas paredes das cavernas que habitavam,
o dia a dia do grupo ou tribo e tudo aquilo que eles não compreendiam ou
temiam, principalmente, as forças da natureza. Registrando e eternizando os
primórdios da humanidade, as artes se manifestam como forma contínua de
expressão, registro e memória de povos e costumes antiquíssimos.
Pré-História
 |
Figura 2: Pintura Rupestre: Animais pintados na Gruta de Lascaux, um dos sítios de arte rupestre mais famosos do mundo - Por photograph by JoJan |
 |
Figura 3: Caverna Lechuguilla, Novo México, Estados Unidos Por Dave Bunnell
|
A Pré-História
registra os primeiros trabalhos artísticos na Idade da Pedra, mais precisamente
nos períodos Paleolítico superior, Mesolítico e Neolítico. No Paleolítico (25000
a 8000 a.C.), o homem era considerado um ser “caçador-coletor” que habitava
cavernas e passaria para a história como o primeiro criador da arte-rupestre (figura 2 e 3).
Passado o período de transição do Mesolítico, o homem se sedentariza no
Neolítico (6000-3000 a.C.), abandonando a colonização nômade, criando
acampamentos fixos, vilas e cidades, passando a se dedicar à arte agrícola e
pecuária. Assim, tem-se o aumento da agregação populacional. Na medida
que as sociedades da época se tornam mais populosas, surge a religião com
grande importância e registram-se as primeiras produções artesanais. Na Idade
do Bronze (3000-1000 a.C.) surgem as primeiras civilizações denominadas de
Proto-História, cujo período registra o desenvolvimento entre a pré-história e
a história, propriamente dita, que precede ao surgimento da escrita.
Entretanto, nos foi permitido conhecer devido a algumas das primeiras fontes da
arte da escrita, coincidindo com a idade dos metais.
A Arte no período
Paleolítico
 |
Figura 4: Talha Magdaleniana duma cabeça de cavalo |
Por volta de 25.000
a.C., mais precisamente na época da “Cultura Magdaleniana” (de 15.000 a 8000
a.C.). Uma das culturas mais antigas do Paleolítico, caracterizada pelo apogeu
da “indústria do osso” (Figura 4) e da arte mural, onde se registra as primeiras manifestações
artísticas. Vestígios de objetos artísticos produzidos pelas mãos do homem
foram encontrados na África Meridional, no Mediterrâneo Ocidental, na Europa
Central e a Leste do Mar Adriático, na Sibéria, no Lago Baical, na Índia e na
Austrália. Tais vestígios são representados por ferramentas em pedra (sílex e
obsidiana), madeira ou osso. Naquela época, o homem recorria ao óxido de ferro
para obter a tonalidade vermelha para concluir suas pinturas, ao dióxido de
manganês para obter o preto e à argila para obter o ocre. A arte do referido
período sobreviveu até os nossos dias modernos por ser composta por pequenos
entalhes em pedras e ossos, denominada arte rupestre e encontrada,
principalmente, na região cantábrica e no sudoeste da França, como também nas
cavernas de Altamira ou Lascaux. Tais pinturas denotam fortemente o cunho
religioso, mágico e representações naturais de animais. Encontraram-se
trabalhos artísticos representados pelas estatuetas de Vénus (esculpidas entre
28.000 a 25.000 a.C.), como, por exemplo, Vénus de Willendorf, figuras
femininas que indicam o uso em cultos de fertilidade. (Figura 5)
 |
Figura 05: Vênus de Willendorf, uma das estatuetas mais notórias Por Matthias Kabel |
A Arte no período Neolítico
 |
Figura 06: População 5.000 - 7.000. Um grande número de edifícios agrupados. Os habitantes viviam em casas de tijolos de barro. Não há caminhos pedonais ou ruas entre as habitações. A maioria era acessada por buracos no teto e portas nas laterais das casas, sendo as portas acessadas por escadas e degraus. Por Murat Özsoy 1958 |
A Arte no período Neolítico
representa uma profunda mudança para o homem, pois o mesmo abandona a
colonização nômade, cria vilas e cidades e passa se dedicar à prática da
agricultura e pastorícia, desenvolve a religião, formas complexas de interação
social e aprofunda-se na criação artística.
Encontradas várias representações esquemáticas
figurativas representando o homem por uma cruz e a mulher por meio de uma forma
triangular nos sítios arqueológicos de arte rupestre na bacia mediterrânica da
Península Ibérica, no norte da África e na região do atual Zimbabué. Entre as
representações artísticas da chamada arte móvel, chama a atenção para a notável
cultura da cerâmica cardial, decorada com gravuras de conchas. Nestes
artefatos, nota-se que novos materiais foram utilizados pelo homem, tais como o
âmbar, quartzo e o jaspe. O mais interessante é que, durante o período
Neolítico, observamos os primeiros sinais de planimetria urbana, como nos
vestígios encontrados em Tell as-Sultan, Jarmo e Çatalhüyük (Figura 6)
Seguindo o caminho da
“A importância da Arte em nossa existência”, abordaremos nos próximos episódios: Artes no período Neolítico, Paleolítico, Idade dos Metais, Arte Antiga, Mesopotâmia, Arte do Egito, Medieval, Arte Contemporênea e Arte Moderna.
Espero que gostem em saber mais sobre "A importância da Arte em nossa Existência".
Nos veremos no próximo episódio...
Fontes, fotos e pesquisas:
https://ipemsp.wordpress.com/2010/08/26/por-que-os-sumerios-contavam-com-base-no-doze/
Deuses, túmulos e Sábios: C. W. Ceram
O 12º Planeta – Zecharia Sitchin
Renato Galvão é carioca, Escritor, Poeta, Artista Plástico, Produtor Cultural e fascinado por pesquisas, absorção de conhecimentos gerais e leitura.
Como escritor e poeta
publicou quatro livros, a saber: Sentidos (arquivado), Os Jardins de Daiane
(arquivado), Borboletas no Estômago (Editora 24horas julho 2011) e Os Espinhos
nos Caminhos das Rosas (Editora Leia Livros – junho 2018). Participações em
algumas Antologias (as que me lembro) como em Conexões Atlânticas V (In-Finita
- julho 2020), Toca a Escrever (In-Finita - março 2021), Coletânea Contos e
Poesias (Concurso de textos anônimos 5ª Edição 2018) 1ª Colocação na Categoria
Poesias com o Textos intitulado “Marcas”. Coletânea de Poesia (Concurso de
Poesias promovido pela Academia Teresopolitana de Letras), poesia intitulada
“Quem é teu deus?” agraciada em 2º lugar. Como Artista Plástico, pintou,
aproximadamente, duzentas telas tendo boa parte delas comercializadas. Algumas
exposições e certificados. Como Produtor Cultural criou a Rio de Flores
Editora, Jornal Rio de Flores, Programa Estrelas e RGVídeos exclusivamente
para fomentar Cultura, Artes e, principalmente, Artistas. Na direção da Rio de
Flores Editora, até aqui, organizou e publicou 13 Antologias e 18 autorais.
 |
Edição e Direção Geral Renato Galvão |
Bravo! Estarei seguindo as publicações seguintes com vivo interesse. Obrigado Renato. Parabéns. Assino Rocha Maia
ResponderExcluirPrezado Amigo Rocha Maia. Agradeço o apoio e incentivo. Abraço forte.
ExcluirMuito bem, continuamos a aprender consigo!Ate ao próximo episódio Renato!
ResponderExcluirAgradeço o apoio e incentivo. Abraço forte.
ResponderExcluir