Viver é um jogo. Estar vivo uma
loteria. Se acertamos em tudo, é ganhar na mega sena. Se errarmos é queda em
poço sem fundo.
Humanos são as criaturas mais burras do
planeta. Traçam metas, ambições, sempre de olho no arrebanhar fortuna, bens
materiais. Tudo a volta é irrelevante. Somos seres individualistas,
insaciáveis, obcecados. Alguns podem até se distanciar dessa máxima, mas no
fundo se não alcançam o que imaginam ser sucesso, transformam seu modo de vida
espalhando cobiça. O perigo de ver é desejar o que é do outro.
É repugnante ver humanos, desejar o mal
do outro, ser invejoso é triste, um parasita que corrói as entranhas.
A pobreza é um fato importante, ninguém
deveria passar por circunstâncias de fome, desprezo, abandono. Nenhum humano merece
viver nas ruas, nem mesmo os animais. Humanos dizem os historiadores, são seres
sociais, ou seja, em sociedade dependemos uns dos outros.
O patrão industrial depende de seus
operários, todos nós dependemos, dos que plantam e colhem.
Mas entre esses que produzem, estão os
atravessadores, os que vendem aos que estão ligados ao consumidor final, todos
colocando a parte que lhes cabem.
Impostos se apropriam de tudo, desde o que sai da terra, das usinas, das
fábricas. E nós no final dessa cadeia pagamos o preço.
Viver é extremamente difícil, e a
humanidade paga de um jeito ou de outro. Na atual conjuntura, ser destemido é
viver com um salário-mínimo.
Humanos desencantados, é isso o que significa viver nos dias
de ontem, de hoje e de amanhã.
Ivete Rosa de Souza. Nascida
em Santo André, no ano de 1955, canceriana apaixonada por histórias. Adora
poesia, crônicas e contos. Tem muitas histórias na cabeça, e a poesia que
adorna os dias veio para ficar. Dois livros de poesia publicados: Coração
Adormecido e Ainda dá Tempo. E em 2022. Participações em 40 Antologias físicas
e mais de 10 ebooks. Vou aonde me levar a poesia.

Edição e Direção Geral
Renato Galvão

Parabéns. Sucesso sempre.
ResponderExcluirObjetividade é um dom que eu aprecio, talvez por não ser essa uma das minhas qualidades. Gostei muito da sua capacidade de síntese, sem perder a clareza da mensagem. Adorei!
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