sexta-feira, 7 de julho de 2023

 


Viver é um jogo. Estar vivo uma loteria. Se acertamos em tudo, é ganhar na mega sena. Se errarmos é queda em poço sem fundo.

Humanos são as criaturas mais burras do planeta. Traçam metas, ambições, sempre de olho no arrebanhar fortuna, bens materiais. Tudo a volta é irrelevante. Somos seres individualistas, insaciáveis, obcecados. Alguns podem até se distanciar dessa máxima, mas no fundo se não alcançam o que imaginam ser sucesso, transformam seu modo de vida espalhando cobiça. O perigo de ver é desejar o que é do outro.

É repugnante ver humanos, desejar o mal do outro, ser invejoso é triste, um parasita que corrói as entranhas. 

A pobreza é um fato importante, ninguém deveria passar por circunstâncias de fome, desprezo, abandono. Nenhum humano merece viver nas ruas, nem mesmo os animais. Humanos dizem os historiadores, são seres sociais, ou seja, em sociedade dependemos uns dos outros.

O patrão industrial depende de seus operários, todos nós dependemos, dos que plantam e colhem.

Mas entre esses que produzem, estão os atravessadores, os que vendem aos que estão ligados ao consumidor final, todos colocando a parte que lhes cabem.  Impostos se apropriam de tudo, desde o que sai da terra, das usinas, das fábricas. E nós no final dessa cadeia pagamos o preço.

Viver é extremamente difícil, e a humanidade paga de um jeito ou de outro. Na atual conjuntura, ser destemido é viver com um salário-mínimo.

Humanos desencantados, é isso o que significa viver nos dias de ontem, de hoje e de amanhã.

Texto: Ivete Rosa de Souza
Edição e Ilustração: Jornal Rio de Flores

Ivete Rosa de Souza. Nascida em Santo André, no ano de 1955, canceriana apaixonada por histórias. Adora poesia, crônicas e contos. Tem muitas histórias na cabeça, e a poesia que adorna os dias veio para ficar. Dois livros de poesia publicados: Coração Adormecido e Ainda dá Tempo. E em 2022. Participações em 40 Antologias físicas e mais de 10 ebooks. Vou aonde me levar a poesia.

Edição e Direção Geral
Renato Galvão


 


2 comentários:

  1. Objetividade é um dom que eu aprecio, talvez por não ser essa uma das minhas qualidades. Gostei muito da sua capacidade de síntese, sem perder a clareza da mensagem. Adorei!

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