quarta-feira, 7 de junho de 2023

 

Ilustração Jornal Rio de Flores

Nas Grandes Navegações, as estrelas guiavam os viajantes através do infinito oceano, como também iluminavam a imaginação do poeta em seus HAICAIS PARA NAVIOS VOADORES, através dO DESERTO DENTRO DO MAR de suas aflições, e assim, como o vento move as grandes pás dos moinhos da vida, a inspiração tece ATRAVÉS do ENCONTRO das palavras o DESENCATARES PARA O ESQUECIMENTO de Geraldo Ramiere.

AO DESFOLHAR DAS VORAGENS, a poesia surge sem medo, com os LÁBIOS CERRADOS, fresca e bela a deslizar pelas páginas em branco, à medida que todo o trabalho minucioso com as palavras no LAVRAMENTO da escrita, o poeta nos mostra um pouco das suas origens.

Os versos em queda livre transbordam PELA PELE sua distinta FLUIDEZ de cachoeira, se mescla a sonoridade da leitura e nos leva a TODOS OS LUGARES DE NENHUM LUGAR, ONDE A LUA JAZZ, grande e brilhante no céu.

EVIDÊNCIA SECRETA, os enigmas e mistérios permeiam, em seu MAPA ASTRAL, o imaginário do poeta e brincam entre dedos e conversas soltas ao som da PRIMEIRA CANÇÃO que o toca fundo, na carne do ser.

LIVRO-ME, a poesia se coloca em destaque e fala por si só, deixando o poeta como coadjuvante em sua própria CIDADE AUSÊNCIA, ela nos mostra o seu poder de se fazer poesia antes mesmo do escritor se fazer poeta.

PROMETEU, a poesia é um músculo que pulsa involuntário, ela lateja loucamente na alma e atravessa as noites em seu pensamento, até o poeta enfim transcreve-la no papel e DESCONSTRUIR-se por fim de si mesmo.

AGOSTO NA GARGANTA, a poesia tem vontade própria, ENTRETANTO, cabe ao poeta, que é DOADOR de corpo e alma á inspiração, se entregar por inteiro ao seu coração aflito e a sua sensibilidade TÃO LEVE QUE CORTA as palavras e, sem ATALHOS, deixa a tinta da caneta correr solta na folha em branco os seus VERSOS DE DESPERTAR, pois afinal, como mesmo escreve Geraldo: "TODA POESIA QUER SER MÚSICA".

PARTE A PARTE a sua poesia cria o CÂNTICO DAS TABERNAS e ela ecoa pelos quatro cantos do que um dia já fora a sua PRAIA DA SOLIDÃO.

A POESIA É RESISTÊNCIA!

AVE BRASÍLIA, o grito da sua voz LIBERTÁRIA está nas ruas, nas avenidas de seus VERSOS EM DIÁSPORAS, nos becos, na boca dos MUTILADOS CIDADÃOS MODERNOS, na BALADA DE UM FALSO POETA e nas LEMBRANCAS FUTURAS de um tempo que não volta mais.

Está no DIÁLOGO das estrofes, na HISTORIOGRAFIA das palavras, na SINFONIA DOS SENTIDOS, na HAGIOGRAFIA costumeira do ser humano.

E SE O AMOR ESCREVESSE POEMAS, o que ele teria para dizer a você?

No ORQUIDÁRIO do ser, o poeta se desnuda LETRA POR LETRA ao enlace dos lábios de um RASCUNHO.

O CANTO DOS UTÓPICOS é chama ardente que queima no peito da poesia protestante.

A COLHEITA este ano fora produtiva e a pequena semente POÉTICA de seus versos é plantada no solo fértil do pensamento humano e OS BAOBÁS ganham a esperança de RECONTAR uma nova safra de poesia.

Em UMA MELODIA PARA MICHELE PERROT diz que os abusos contra a mulher continuam por todo o mundo e isso é uma verdade, mas a mulher não é mais como anos atrás, um CLUBE DO SILÊNCIO, onde, maltratada dia a dia, sofre com a dor de ser mera ARQUITETURA DE RETALHO ao parceiro, e mesmo assim, fica quieta, hoje as MULHRES NAS RUAS tem voz altiva e não aceitam menos do que merecem.

O MACHISMO MATA!

É gratificante poder ler a sua poesia, conhecer a sua visão de mundo e sentir a preocupação de Geraldo com os valores humanos e a sua luta por justiça.

A sua poesia transcende o papel em BATALHA CAMPAL e se torna viva ao nos mostrar as pequenas conquistas e batalhas que travamos em nosso dia a dia, uma simples viagem do trabalho para casa muitas vezes pode ser comparada como uma verdadeira missão de guerra.

QUANDO ESCURECEMOS por dentro o ÓDIO EM DIA não é capaz de dissolver a imagem dos navios negreiros que surgiam no horizonte como OFERENDAS, muito menos é capaz de apagar as marcas dos açoites na pele QUILOMBOLA, como também não é capaz de apagar esse período de escravos e senhores de engenho, mas os tempos são outros e agora não somos mais, por conta da cor da pele, diferentes, somos iguais como seres humanos e bebemos juntos na MORADA do novo alvorecer, gole a gole, o veneno do preconceito que ainda nasce, como erva daninha, na nascente dos corações ainda presos ao passado.

Como UMA MÃE NA PRAÇA DE MAIO, nada é capaz de nos impedir, nada pode nos fazer desistir de encontrar e de proteger nossos filhos tão amados.

Poesia e Futebol, duas paixões em um só texto? GUARDA-METAS surpreendi quando usa a temática do esporte e a mescla com as revira VOLTAS da vida.

COM O DEDO NA GARGANTA, Geraldo coloca no papel os seus desejos para com a poesia, tendo em vista que ela não é suficiente para encher a barriga de ninguém, mas é capaz de alimentar a alma com os versos de TEU POEMA.

O que há nas ENTRELINHAS DE UMA NUNCA ESCRITA LETRA DE ROCK?

ABRA-SE para a poesia deste grande poeta e professor de história Geraldo Ramiere, e permita-se conhecer tudo o que há pós trás de seus títulos e referências históricas.

QUANDO UM ROMÂNTICO MORRE é quando a mais pura poesia é criada, repleta de amor e ódio, ela é como GOLPES DE ESPADA NAS SUPERFÍCIES DE UMA PÉTALA e desperta os sentimentos variados escondidos na alma.

O que resta para nós DEPOIS DE DERRUBARMOS A DERRADEIRA ÁRVORE?

Os versos livres, completos e ricos de significados de Geraldo são HERANÇAS poéticas deixadas para o leitor.

Eu ASSUMO, é impossível ler e não se apaixonar pela sua escrita, pela sua sensibilidade e pelo seu conhecimento histórico que é tão marcante em sua poesia e acho que vou precisar de UM CORAÇÃO A MAIS para suportar tanto carinho e talento desde maravilhoso poeta.

Está mais que recomendado a leitura. 

Texto: Jefferson Pontes
Fonte: Geraldo Ramiere 
lustração: Jornal Rio de Flores
 
Geraldo Ramiere, nascido em 01/07/1981, é poeta e contista de Planaltina-DF, além de professor de História da SEDF e produtor/militante cultural. Desde 2002 tem suas obras publicadas em forma escrita (periódicos, antologias e revistas literárias) e no meio virtual. Por várias vezes foi premiado em concursos literários e possui o blog literário Céus Subterrâneos na qual divulga seus escritos. Em 2021 publicou seu primeiro livro, Desencantares Para O Esquecimento (editora Viseu). É membro da Academia Planaltinense de Letras, Artes e Ciências, além de outras entidades. Acredita numa literatura que liberta.

Jefferson Pontes, Nasceu em Natal-RN em 1992 e mudou-se ainda pequeno para São Paulo. Trabalha como conferente de valores em uma empresa de ônibus na cidade de Itu/SP onde reside com sua esposa e suas filhas. Tem duas edições da sua série intitulado “O que ela não lhe disse” publicados até o momento. A Coletânea “Palavra em Ação”, a Antologia “Almas Cativas”, a Antologia “Ainda te amo". Pela Rio de Flores Editora participou das Coletânea “Rio de Flores”, “Encantos da Lua” e da Antologia “As Faces do Amor”. Antologia “Caixa de Memórias “e Antologia “Elementais” são seus trabalhos em coautoria. É Colunista no Jornal Rio de Flores onde em sua Coluna escreve Resenhas de vários livros.    

Edição e Direção Geral
Renato Galvão

                                                 


 
 
 
 
 
 

 

 

 

Um comentário:

  1. O livro do Geraldo é maravilhoso, é um prazer poder mais uma vez mostrar um pouco da sua poesia.
    Parabéns pelo trabalho e novamente agradeço ao Renato pela confiança de sempre e pelo espaço.

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