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| Ilustração Jornal Rio de Flores |
Nas Grandes Navegações,
as estrelas guiavam os viajantes através do infinito oceano, como também
iluminavam a imaginação do poeta em seus HAICAIS PARA NAVIOS VOADORES, através
dO DESERTO DENTRO DO MAR de suas aflições, e assim, como o vento move as grandes
pás dos moinhos da vida, a inspiração tece ATRAVÉS do ENCONTRO das palavras o
DESENCATARES PARA O ESQUECIMENTO de Geraldo Ramiere.
AO DESFOLHAR DAS
VORAGENS, a poesia surge sem medo, com os LÁBIOS CERRADOS, fresca e bela a
deslizar pelas páginas em branco, à medida que todo o trabalho minucioso com as
palavras no LAVRAMENTO da escrita, o poeta nos mostra um pouco das suas
origens.
Os versos em queda
livre transbordam PELA PELE sua distinta FLUIDEZ de cachoeira, se mescla a
sonoridade da leitura e nos leva a TODOS OS LUGARES DE NENHUM LUGAR, ONDE A LUA
JAZZ, grande e brilhante no céu.
EVIDÊNCIA SECRETA, os
enigmas e mistérios permeiam, em seu MAPA ASTRAL, o imaginário do poeta e
brincam entre dedos e conversas soltas ao som da PRIMEIRA CANÇÃO que o toca fundo,
na carne do ser.
LIVRO-ME, a poesia se
coloca em destaque e fala por si só, deixando o poeta como coadjuvante em sua
própria CIDADE AUSÊNCIA, ela nos mostra o seu poder de se fazer poesia antes
mesmo do escritor se fazer poeta.
PROMETEU, a poesia é um
músculo que pulsa involuntário, ela lateja loucamente na alma e atravessa as
noites em seu pensamento, até o poeta enfim transcreve-la no papel e
DESCONSTRUIR-se por fim de si mesmo.
AGOSTO NA GARGANTA, a
poesia tem vontade própria, ENTRETANTO, cabe ao poeta, que é DOADOR de corpo e
alma á inspiração, se entregar por inteiro ao seu coração aflito e a sua
sensibilidade TÃO LEVE QUE CORTA as palavras e, sem ATALHOS, deixa a tinta da
caneta correr solta na folha em branco os seus VERSOS DE DESPERTAR, pois afinal,
como mesmo escreve Geraldo: "TODA POESIA QUER SER MÚSICA".
PARTE A PARTE a sua
poesia cria o CÂNTICO DAS TABERNAS e ela ecoa pelos quatro cantos do que um dia
já fora a sua PRAIA DA SOLIDÃO.
A POESIA É RESISTÊNCIA!
AVE BRASÍLIA, o grito
da sua voz LIBERTÁRIA está nas ruas, nas avenidas de seus VERSOS EM DIÁSPORAS,
nos becos, na boca dos MUTILADOS CIDADÃOS MODERNOS, na BALADA DE UM FALSO POETA
e nas LEMBRANCAS FUTURAS de um tempo que não volta mais.
Está no DIÁLOGO das
estrofes, na HISTORIOGRAFIA das palavras, na SINFONIA DOS SENTIDOS, na
HAGIOGRAFIA costumeira do ser humano.
E SE O AMOR ESCREVESSE
POEMAS, o que ele teria para dizer a você?
No ORQUIDÁRIO do ser, o
poeta se desnuda LETRA POR LETRA ao enlace dos lábios de um RASCUNHO.
O CANTO DOS UTÓPICOS é
chama ardente que queima no peito da poesia protestante.
A COLHEITA este ano
fora produtiva e a pequena semente POÉTICA de seus versos é plantada no solo
fértil do pensamento humano e OS BAOBÁS ganham a esperança de RECONTAR uma nova
safra de poesia.
Em UMA MELODIA PARA
MICHELE PERROT diz que os abusos contra a mulher continuam por todo o mundo e
isso é uma verdade, mas a mulher não é mais como anos atrás, um CLUBE DO
SILÊNCIO, onde, maltratada dia a dia, sofre com a dor de ser mera ARQUITETURA
DE RETALHO ao parceiro, e mesmo assim, fica quieta, hoje as MULHRES NAS RUAS
tem voz altiva e não aceitam menos do que merecem.
O MACHISMO MATA!
É gratificante poder
ler a sua poesia, conhecer a sua visão de mundo e sentir a preocupação de
Geraldo com os valores humanos e a sua luta por justiça.
A sua poesia transcende
o papel em BATALHA CAMPAL e se torna viva ao nos mostrar as pequenas conquistas
e batalhas que travamos em nosso dia a dia, uma simples viagem do trabalho para
casa muitas vezes pode ser comparada como uma verdadeira missão de guerra.
QUANDO ESCURECEMOS por
dentro o ÓDIO EM DIA não é capaz de dissolver a imagem dos navios negreiros que
surgiam no horizonte como OFERENDAS, muito menos é capaz de apagar as marcas
dos açoites na pele QUILOMBOLA, como também não é capaz de apagar esse período
de escravos e senhores de engenho, mas os tempos são outros e agora não somos
mais, por conta da cor da pele, diferentes, somos iguais como seres humanos e
bebemos juntos na MORADA do novo alvorecer, gole a gole, o veneno do
preconceito que ainda nasce, como erva daninha, na nascente dos corações ainda
presos ao passado.
Como UMA MÃE NA PRAÇA
DE MAIO, nada é capaz de nos impedir, nada pode nos fazer desistir de encontrar
e de proteger nossos filhos tão amados.
Poesia e Futebol, duas
paixões em um só texto? GUARDA-METAS surpreendi quando usa a temática do
esporte e a mescla com as revira VOLTAS da vida.
COM O DEDO NA GARGANTA,
Geraldo coloca no papel os seus desejos para com a poesia, tendo em vista que
ela não é suficiente para encher a barriga de ninguém, mas é capaz de alimentar
a alma com os versos de TEU POEMA.
O que há nas
ENTRELINHAS DE UMA NUNCA ESCRITA LETRA DE ROCK?
ABRA-SE para a poesia
deste grande poeta e professor de história Geraldo Ramiere, e permita-se
conhecer tudo o que há pós trás de seus títulos e referências históricas.
QUANDO UM ROMÂNTICO
MORRE é quando a mais pura poesia é criada, repleta de amor e ódio, ela é como
GOLPES DE ESPADA NAS SUPERFÍCIES DE UMA PÉTALA e desperta os sentimentos
variados escondidos na alma.
O que resta para nós
DEPOIS DE DERRUBARMOS A DERRADEIRA ÁRVORE?
Os versos livres,
completos e ricos de significados de Geraldo são HERANÇAS poéticas deixadas
para o leitor.
Eu ASSUMO, é impossível
ler e não se apaixonar pela sua escrita, pela sua sensibilidade e pelo seu
conhecimento histórico que é tão marcante em sua poesia e acho que vou precisar
de UM CORAÇÃO A MAIS para suportar tanto carinho e talento desde maravilhoso
poeta.
Está mais que recomendado a leitura.
Jefferson Pontes, Nasceu em Natal-RN em 1992 e mudou-se ainda pequeno para São Paulo. Trabalha como conferente de valores em uma empresa de ônibus na cidade de Itu/SP onde reside com sua esposa e suas filhas. Tem duas edições da sua série intitulado “O que ela não lhe disse” publicados até o momento. A Coletânea “Palavra em Ação”, a Antologia “Almas Cativas”, a Antologia “Ainda te amo". Pela Rio de Flores Editora participou das Coletânea “Rio de Flores”, “Encantos da Lua” e da Antologia “As Faces do Amor”. Antologia “Caixa de Memórias “e Antologia “Elementais” são seus trabalhos em coautoria. É Colunista no Jornal Rio de Flores onde em sua Coluna escreve Resenhas de vários livros.

Edição e Direção Geral
Renato Galvão

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O livro do Geraldo é maravilhoso, é um prazer poder mais uma vez mostrar um pouco da sua poesia.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho e novamente agradeço ao Renato pela confiança de sempre e pelo espaço.