Reflexões
Por Josy Oliveira
Os mais
variados recortes
De começos e
recomeços, é feita uma vida.
Seleciona-se os
livros, e, escolhe-se as figurinhas
interessantes para a composição do cartaz.
Começar e
recomeçar, esse sempre será o segredo.
Escutamos sim,
as opiniões alheias,
mas, nos cabe
decidir se as aceitamos ou não! Os livros
foram selecionados, as imagens,
selecionadas e escolhidas.
Ainda está
faltando alguma coisa... O que será?
Tesoura, cola,
papéis e adesivos coloridos...
Vamos construir
o cartaz.
Corta e recorta
papéis, tira as imperfeições, e,
procura a
posição, ordena as imagens...
Cola e descola
as imagens.
Pacientemente,
medimos centímetro por centímetro.
Colocamos os
adesivos coloridos para ornamentar e
fazer com que o cartaz fique lindo,
apresentável, ganhe vida!
Afinal, tudo
quase pronto, surge uma imperfeição de um lado,
uma figura mal colocada do
outro... vamos recomeçar a colagem!
Tanto
preparatório pra nada, não é assim?
Quando
recomeçamos a colagem, na elaboração do cartaz...
Que desespero!
De novo colamos
figuras erradas, tanto cuidado, ainda assim, as
imperfeições são visivelmente
perceptíveis!
Então, quando
imaginávamos que já estava tudo pronto,
tentamos refazer, refazer e refazer.
Começar tudo outra vez.
Esse é um novo e árduo processo, porém necessário.
Durante os vários recomeços, há imagens que serão trocadas, outras
recortadas...
Semelhante a
confecção de um cartaz, assim é a vida humana.
Faça de conta
que a sua vida é um cartaz que está sendo preparado para ser exposto.
Façamos uma
análise, será que tudo tem acontecido como
você idealizou para a construção da
sua imagem como pessoa?
Não sei ao
certo a sua resposta.
Mas confesso,
que na minha vida definitivamente, NÃO!
Desde a
infância, sonhos que se realizaram, outros, ainda não!
Quantas colagens
e recortes refeitos inúmeras vezes...
Continuo refazendo, e, o cartaz ainda não
está concluído!
Então, se o
objetivo a princípio era montar e depois expor um
cartaz PERFEITO, descobri que
não vou conseguir!
De começos e
recomeços, assim é a vida.
Em alguns
momentos vamos acertar e por diversas vezes, errar e errar feio!
Contudo,
acredite que o cartaz está lindo! Foi difícil, mas os recortes,
os reparos que
foram feitos, eram precisos.
Pode exibir o
CARTAZ, não está impecável e nem ficará,
isso te garanto. E, até mesmo quando
aparentar uma obra infalível,
mesmo assim, alguém sempre apontará uma falha.
Porém, viva a sua melhor versão. Exibir o cartaz é simplesmente
viver sem se
preocupar se os visualizadores irão apreciar ou não, o que estão vendo!
Lembre-se que
tudo muda, tudo passa. A colagem de ontem, pode não fazer sentido hoje!
Os recortes e
colagens de hoje poderão ser desnecessários amanhã!
Por isso,
continue recortando, colando, refaça o cartaz quantas vezes forem necessárias.
Errou, recomece.
Tente fazer de outra maneira, quem sabe dessa vez dá certo.
A vida é feita
de constantes recomeços.
É preciso
viver!
Esqueça os
detalhes!
E simplesmente,
viva!
Josy Oliveira nasceu no
interior de Pernambuco e reside em Chã Grande-PE. Graduada em Letras pela Univisa
e Pós graduanda em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira pela Faveni.
Professora na rede Municipal de ensino e na rede Estadual, atualmente no Ensino
Médio. Coautora na I, II e III Revista Acadêmica na Academia de Letras
Guimarães Rosa (Alegro), agosto/2022. Coautora na Antologia Natureza Fonte de
Vida pela Rio de Flores Editora/RJ. Coautora na Antologia Poética Amor Secreto
pela Editora Inde, Paty Lemes/PA. Coautora nas Coletâneas Encantos da Lua, fevereiro/2022
e Elas São Flores, maio/2022 produzidas pela Rio de Flores Editora, Teresópolis/RJ
Texto: Josy Oliveira
Ilustrações: Jornal Rio de Flores
Edição e Direção Geral: Renato Galvão
Texto perfeito!
ResponderExcluirAdorei, sempre recomeçar tudo outra vez, tentando acertar nas colagens...
Josy Oliveira arrasa nas reflexões!👏👏👏👏👏👏👏👏
Viva todos os recomeços
ResponderExcluirParabéns a escritora e poetisa Josy Oliveira
É uma magnífica matéria 👏👏👏🌟
Muito bom, recomeçar é sempre bom e jamais devemos ter medo de fazê-lo.
ResponderExcluirParabéns José, ótimo texto.