terça-feira, 19 de agosto de 2025

 


Nesta semana, o clube de escrita Sociedade dos Poetas Vivos resolveu inovar e trazer algo que tivesse o filme Sociedade dos Poetas Mortos como base para escrever um texto. E imediatamente após pensar no filme, já me lembrei de uma das partes que mais me tocou.

Na cena em questão, o ator principal interpretado por Robin Williams dizia “Medicina, Direito, Administração e Engenharia são ocupações nobres para manter a vida. Mas poesia, beleza, romance e amor são razões para ficar vivo”.

Embora o filme seja marcado por dezenas de momentos impressionantes, dos mais felizes aos mais tristes e ainda cheio de aprendizados, essa foi uma cena que me arrancou suspiros e me fez repensar toda minha vida. Para alguns, ela pode ser uma cena simples e cheia de clichês. Para mim, ela transpira poesia e amor. Ela transpira uma vida cheia de significados e verdades.

 

Enquanto estava assistindo ao filme e contemplando todas as suas nuances, essa cena apareceu como um bálsamo e uma luz para mim. Ela me mostrou que ainda que os ventos soprem contra, é possível, sim, viver uma vida com leveza e amor e isso não se trata apenas de um mero filme.

Ela me mostrou que todas as profissões são importantes, todos os papéis que somos obrigados a cumprir na sociedade são importantes, mas, sem uma alma viva, nada disso importa. E não falo aqui, sobre estar vivo, respirando fisicamente, pois, existem pessoas que apenas sobrevivem. Por aqui, falo sobre ter uma alma viva, que não se contenta com o mero sobreviver. Falo sobre uma vida que faça sentido.

Daquelas vidas que são romantizadas de todas as maneiras, não dos comerciais de margarina, mas, daquelas que embora sejam constituídas por momentos felizes, são nos tristes que se fortalecem. Daquelas vidas com perdas, mas que atribuem sentido a cada amanhecer, ainda que haja perdas.

É inegável que, a cada dia que passa, somos cada vez mais bombardeados por notícias ruins, acontecimentos imprevisíveis e laços sendo desfeitos, mas, ainda, sim, não podemos deixar de tentar encontrar sentido em cada borboleta encontrada, cada sorriso compartilhado e cada abraço apertado. Ainda, sim, não podemos deixar de acreditar que existe uma vida que vale a pena ser vivida e pessoas que valem a pena ser encontradas.

Espero que antes de encontrar a profissão da sua vida, você consiga se encontrar.

Texto: Joyce Silveira 
Edição e Ilustração: Jornal e Livraria Rio de Flores

Joyce Viana Silveira. Editora e revisora com mais de 10 mil textos publicados, bacharel em Direito e pós-graduada em Direito Criminal. Ela possui um livro lançado no gênero de autoajuda. É cristã e possui uma fé inabalável em Deus. Fundou o clube de escrita Sociedade dos Poetas Vivos e o quadro De Frente com o Escritor com a intenção de disseminar a Literatura para todos.

Direção Geral
Renato Galvão




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