Chegou o Natal, às vésperas da
grande festa natalina, infelizmente todos os olhares se voltam para o
consumismo exagerado.
Fico pasma com a correria, nem
gosto de ir às lojas e mercados nessa época. Sem contar o desconforto de
empurrar um carrinho de compras em um lugar cheio de gente, os esbarrões e
filas, o pega aqui e pega ali, preços que saltam as órbitas estratosféricas, tudo
isso me causam desespero.
Tenho observado que o consumismo,
atinge a todos, os que tem para gastar, e os que mal tem, se comprometem em
dívidas. Acho um absurdo, comprar parcelado, cartão de crédito, seja lá do que
jeito for, e começar o ano endividados. Será que a festa em si pede isso?
Seria tão mais simples, reunir a
família, sentados à mesa, comer o que tiver, rir, contar histórias, abrir a
alma e o coração, no sentido verdadeiro do espírito natalino.
O amor familiar, que luta para
sobreviver. A crença em um Deus Menino, já nascido e destinado a se sacrificar
por todos nós. Carregando em si o peso de nossas falhas, erros e contradições.
Um ser oriundo do Universo, um filho de Deus dado e imolado, um cordeiro
inocente, um ser de luz, banido, espancado, injuriado e renegado, por aqueles
que Ele veio salvar.
Seu sacrifício nos deu luz, nos
deu uma nova oportunidade de sermos humanos melhores. O Menino Deus nos ensinou
a amar, o amor incondicional por nossos semelhantes, e por todas as criaturas
vivas. Nosso planeta, nossa terra, e tudo que ela contém. Mostrou que
poderíamos nos comunicar, nos aceitar e valorizar o outro.
E o que fazemos? Saímos a caça de
ofertas, de coisas que são materiais, e logo estarão sem valor agregado. Logo
serão trocadas ou substituídas. O amor não tem troca, prazo de validade ou
substituição. Que tal doarmos, darmos amor, se for para comprar e tiver a
oportunidade, alimente quem está com fome. Dê um agasalho, um brinquedo a uma
criança carente, visite um abrigo de velhos, deixe um sorriso, uma lembrança de
que você se importa.
Vamos fazer uma corrente de amor
à vida, traga para perto quem se importa com você, e você ame e respeite. Com
certeza terá um Natal Feliz, em boa companhia, não se esqueça de levantar os
olhos ao Criador, e agradecer por estar vivo, por poder estar na presença dele
com a alma renovada e o coração repleto de fé e amor, o verdadeiro presente do
Natal.
Texto: Ivete
Rosa de Souza
Edição e
Ilustração: Jornal Rio de Flores
Ivete Rosa de Souza ou Rosa dos Ventos, poetisa, cronista e contadora de histórias. Nascida em Santo André. SP, atualmente participando de antologias físicas e ebooks, contabilizando mais de 80 participações. Publicou dois livros de poesias, descobriu-se contista no gênero de Suspense e terror e outros de fantasia, onde houver história sempre haverá alguém para contar.

Edição e Direção Geral
Renato Galvão

Oi, Ivete! Desde a morte dos meus pais (ela faleceu em 1988 e ele em 2011), eu aboli "festas" do meu calendário, ainda assim, hoje eu li uma mensagem do padre da minha paróquia em que ele referia (ele é até mais jovem que eu) o esforço que nossos pais e avós faziam para que houvesse a ceia de Natal, aquela feita ao cair da noite, porque, à meia-noite, todos já estariam dormindo, era preciso trabalhar (aqui, na minha região, a função agora é com a lavoura de fumo, já é época de colheita). Algumas pessoas comentaram a postagem da Igreja Matriz referindo outro aspecto: a obrigatoriedade de estar feliz, de abraçar pessoas, literalmente, o fingimento exigido pela sociedade. Por fim, surgiu uma discussão sobre o culto mariano, sobre considerar Nossa Senhora como "um ícone" da Igreja Católica e lá se foi a reflexão. Estamos carentes de amor, como me disse, dias atrás, uma agente comunitária de saúde, que contava sentar-se em determinadas casas, ouvir histórias e perceber que muitas pessoas "melhoram" apenas em serem ouvidas. Que Jesus Cristo esteja conosco e ilumine todas as pessoas.
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