sábado, 30 de novembro de 2024

 


Chegou o Natal, às vésperas da grande festa natalina, infelizmente todos os olhares se voltam para o consumismo exagerado.

Fico pasma com a correria, nem gosto de ir às lojas e mercados nessa época. Sem contar o desconforto de empurrar um carrinho de compras em um lugar cheio de gente, os esbarrões e filas, o pega aqui e pega ali, preços que saltam as órbitas estratosféricas, tudo isso me causam desespero.

Tenho observado que o consumismo, atinge a todos, os que tem para gastar, e os que mal tem, se comprometem em dívidas. Acho um absurdo, comprar parcelado, cartão de crédito, seja lá do que jeito for, e começar o ano endividados. Será que a festa em si pede isso?

Seria tão mais simples, reunir a família, sentados à mesa, comer o que tiver, rir, contar histórias, abrir a alma e o coração, no sentido verdadeiro do espírito natalino.

O amor familiar, que luta para sobreviver. A crença em um Deus Menino, já nascido e destinado a se sacrificar por todos nós. Carregando em si o peso de nossas falhas, erros e contradições. Um ser oriundo do Universo, um filho de Deus dado e imolado, um cordeiro inocente, um ser de luz, banido, espancado, injuriado e renegado, por aqueles que Ele veio salvar.

Seu sacrifício nos deu luz, nos deu uma nova oportunidade de sermos humanos melhores. O Menino Deus nos ensinou a amar, o amor incondicional por nossos semelhantes, e por todas as criaturas vivas. Nosso planeta, nossa terra, e tudo que ela contém. Mostrou que poderíamos nos comunicar, nos aceitar e valorizar o outro.

E o que fazemos? Saímos a caça de ofertas, de coisas que são materiais, e logo estarão sem valor agregado. Logo serão trocadas ou substituídas. O amor não tem troca, prazo de validade ou substituição. Que tal doarmos, darmos amor, se for para comprar e tiver a oportunidade, alimente quem está com fome. Dê um agasalho, um brinquedo a uma criança carente, visite um abrigo de velhos, deixe um sorriso, uma lembrança de que você se importa.

Vamos fazer uma corrente de amor à vida, traga para perto quem se importa com você, e você ame e respeite. Com certeza terá um Natal Feliz, em boa companhia, não se esqueça de levantar os olhos ao Criador, e agradecer por estar vivo, por poder estar na presença dele com a alma renovada e o coração repleto de fé e amor, o verdadeiro presente do Natal.

Texto: Ivete Rosa de Souza

Edição e Ilustração: Jornal Rio de Flores

Ivete Rosa de Souza ou Rosa dos Ventos, poetisa, cronista e contadora de histórias. Nascida em Santo André. SP, atualmente participando de antologias físicas e ebooks, contabilizando mais de 80 participações. Publicou dois livros de poesias, descobriu-se contista no gênero de Suspense e terror e outros de fantasia, onde houver história sempre haverá alguém para contar.

Edição e Direção Geral
Renato Galvão

 


Um comentário:

  1. Oi, Ivete! Desde a morte dos meus pais (ela faleceu em 1988 e ele em 2011), eu aboli "festas" do meu calendário, ainda assim, hoje eu li uma mensagem do padre da minha paróquia em que ele referia (ele é até mais jovem que eu) o esforço que nossos pais e avós faziam para que houvesse a ceia de Natal, aquela feita ao cair da noite, porque, à meia-noite, todos já estariam dormindo, era preciso trabalhar (aqui, na minha região, a função agora é com a lavoura de fumo, já é época de colheita). Algumas pessoas comentaram a postagem da Igreja Matriz referindo outro aspecto: a obrigatoriedade de estar feliz, de abraçar pessoas, literalmente, o fingimento exigido pela sociedade. Por fim, surgiu uma discussão sobre o culto mariano, sobre considerar Nossa Senhora como "um ícone" da Igreja Católica e lá se foi a reflexão. Estamos carentes de amor, como me disse, dias atrás, uma agente comunitária de saúde, que contava sentar-se em determinadas casas, ouvir histórias e perceber que muitas pessoas "melhoram" apenas em serem ouvidas. Que Jesus Cristo esteja conosco e ilumine todas as pessoas.

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