quarta-feira, 3 de abril de 2024

 

Bobagem se achar o especial.

Desprezar outro alguém.

O chamado de ninguém.

A roda gira!

A visão é fascinante quando se está subindo.

Mais ainda, um espetáculo da natureza, quando para lá em cima.

É, a roda gira!

Nem é necessário palavras, os olhos soletram a sensação.

Na descida, o friozinho na barriga.

E um pulso ao grito que foge.

Mãos balançando, adrenalina.

Besteira achar que somos únicos.

Hoje és tu, hoje também sou eu e os demais.

Acredite, a roda gira!

Estamos imersos numa espécie de engrenagem.

Invisível para uns, real para outros, desejada por tantos.

Os lugares são iguais, ocupados em sequência.

A todos o direito ao encantamento e um certo receio.

Ela gira, sim!

Sobe uma criança loira, adulto negro, o idoso pardo.

Desce a mulher oriental, jovem indígena, um homem branco.

A roda com luzes coloridas, música estonteante.

Balanço inconfundível, trilha sonora do agora.

Num dia estamos no aclive e ao declive iremos.

É um sobe e desce, emerge e imerge.

Vai e volta, segue e retorna.

Ela é cíclica como as emoções.

E o perceber seu lugar no mundo.


Cândida Carpena. Nascida em 01/06/71, em Pelotas-RS. É cronista, autora independente e super leitora. Atualmente reside em Brasília/DF. Sua temática literária está em um outro olhar, em percepções e vivências do real, que inspiram. Seus Projetos, “Live Cândida C. Cronista”, no Instagram e, Piquenique Literário Cultural Itinerante, presencial; buscam a interação entre as pessoas e a literatura. Publicou “Sobre Crônicas de Uma Viajante” em 2021, participou de duas Antologias, da Feira de Literatura do MAB/DF e 36º Felib/DF. Membro do Empório da Poesia/CE e do GAEB/DF.  Publicações em revistas, blogs e jornais digitais.  Parceira oficial Rede Sem Fronteiras/Portugal e autora representada, na 92ª Feira do Livro de Lisboa.

Texto: Cândida Carpena
Ilustrações: Jornal Rio de Flores

Edição e Direção Geral
Renato Galvão


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