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Bobagem se achar o especial.
Desprezar outro alguém.
O chamado de ninguém.
A roda gira!
A visão é fascinante quando se está subindo.
Mais ainda, um espetáculo da natureza, quando
para lá em cima.
É, a roda gira!
Nem é necessário palavras, os olhos soletram a
sensação.
Na descida, o friozinho na barriga.
E um pulso ao grito que foge.
Mãos balançando, adrenalina.
Besteira achar que somos únicos.
Hoje és tu, hoje também sou eu e os demais.
Acredite, a roda gira!
Estamos imersos numa espécie de engrenagem.
Invisível para uns, real para outros, desejada
por tantos.
Os lugares são iguais, ocupados em sequência.
A todos o direito ao encantamento e um certo
receio.
Ela gira, sim!
Sobe uma criança loira, adulto negro, o idoso
pardo.
Desce a mulher oriental, jovem indígena, um
homem branco.
A roda com luzes coloridas, música estonteante.
Balanço inconfundível, trilha sonora do agora.
Num dia estamos no aclive e ao declive iremos.
É um sobe e desce, emerge e imerge.
Vai e volta, segue e retorna.
Ela é cíclica como as emoções.
E o perceber seu lugar no mundo.
Ilustrações: Jornal Rio de Flores


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