segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Matéria Especial

A trajetória de Elaine dos Santos

Elaine dos Santos nasceu em um pequeno município na região central do Rio Grande do Sul, Restinga Seca (*), cognominada "Terra de Iberê Camargo". De família humilde, é filha de Mario Cardoso dos Santos e Vilda Kilian dos Santos, ambos falecidos. Cursou o ensino fundamental e o ensino médio em escolas públicas e, na sequência, dedicou-se ao trabalho, regressando aos estudos somente aos 28 anos de idade, quando atuava, como concursada pelo estado do Rio Grande do Sul, na função de secretária de escola.

É licenciada em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 1997. Durante a graduação, atuou como bolsista PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, realizando pesquisas sobre a literatura produzida no Rio Grande do Sul. É Mestre em Estudos Literários pela mesma universidade em 2001, com a dissertação "Da opulência à decadência: memória, mito e História em 'Camilo Mortágua’, que enfoca a figura mítica do gaúcho, inserindo-o no contexto histórico-literário do Rio Grande do Sul.

(*) O município de Restinga Seca, como a maioria dos municípios do Rio Grande do Sul, originou-se do processo de doação de Sesmarias. A sesmaria dos Martins Pinto, em que se desenvolveu o distrito de São Miguel, ao lado das terras de Jerônimo Dornellas de Souza, Antônio Gonçalves Borges, Manoel dos Santos Pedroso (Maneco Pedroso) e Antonio Rodrigues configuram a gênese do território restinguense: “a cidade de Restinga Seca, consta pela primeira vez num documento oficial em 1817”. Cumpre registrar, porém, que o nome Restinga Seca já fora referido por August Saint Hilaire, em sua Viagem ao Rio Grande do Sul, como Estância de Restinga Seca, situada entre a localidade de Tronqueira e o Passo da Estiva.

Elaine dos Santos é doutora em Estudos Literários pela UFSM (2013), tendo defendido a tese "Entre lágrimas e risos: os Serelepes e a memória do teatro itinerante", que tematiza os melodramas – peças
teatrais surgidas na França após a Revolução e que, no caso da sua tese de doutoramento, foram selecionadas entre aquelas apresentadas pelo Teatro Serelepe, circo-teatro que excursionou durante décadas pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Possui formação em língua espanhola pela Universidad de La Republica, de Montevidéu/Uruguai, voltada especificamente para professores brasileiros que ensinam espanhol, programas de incentivo adotados por universidade de língua hispânica no contexto de inserção do Mercosul.

 


Atuou como professora de Literatura no ensino médio; professora de Língua Espanhola, Literatura Hispânica, Literatura Brasileira, Literatura Sul-riograndense, Literatura Portuguesa e Literatura Infantil no ensino superior, nos cursos de Letras, Pedagogia, Direito, Psicologia. Além disso, foi professora de Língua Portuguesa e Metodologia de ensino em cursos de graduação e pós-graduação.

Trabalhou como docente do ensino superior na Universidade da Região da Campanha (URCAMP), nos campi de Caçapava do Sul e São Gabriel; na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), no campus Cachoeira do Sul; na Faculdade Integrada de Santa Maria (FISMA) e na Universidade Franciscana (UNIFRA), em Santa Maria, além de ter sido professora substituta na UFSM. Além da docência, atuou como supervisora de estágios e como orientadora de 23 trabalhos monográficos e coorientadora de duas dissertações de mestrado.

Entre 2002 e 2008, foi Coordenadora do Curso de Letras na ULBRA, campus Cachoeira do Sul, e Coordenadora de Projetos sociais na mesma instituição entre 2003 e 2008.


Entre 1998 e 2013, atuou como membro convidado pela Comissão Permanente do Vestibular da UFSM como elaboradora de provas de língua espanhola e avaliadora de redações dos concursos vestibulares e PEIES daquela universidade.

É cronista eventual nos jornais: Diário de Santa Maria, Santa Maria/RS; Jornal do Povo, Cachoeira do Sul/RS, Ijui News, Ijuí/RS e Jornal Rio de Flores, Teresópolis/RJ.

Autora do livro "Entre lágrimas e risos: as representações do melodrama no teatro mambembe", adaptação da tese de doutorado. Possui 29 artigos científicos publicados, em revistas nacionais com classificação Qualis, 31 apresentações de trabalhos em eventos da área de Letras (seminários, congressos etc.), além de capítulos de livros na área de Letras/Literatura e Direito.

Possui participação em cerca de 60 antologias/coletâneas nacionais, incluindo “Encantos da Lua”; “Elas são flores”, em que foi a prefaciadora; e “Natureza fonte de vida” e “As Faces do Amor” da Editora Rio de Flores. 

 

É revisora de linguagem em textos acadêmicos (artigos, projetos, monografias, dissertações, teses) e parecerista ad hoc de revistas nacionais com classificação Qualis.

É Membro da Academia Internacional Artes, Letras e Ciências "A palavra no século 21", Alpas 21, de Cruz Alta/RS; Academia Internacional da União Cultural, de Taubaté/SP; Academia Intercontinental Sênior de Literatura e Arte; Academia Internacional de Literatura Brasileira; Academia Luso-Brasileira de Letras do Rio Grande do Sul, de Porto Alegre/RS e Academia de Letras, Artes de Arroio Grande, Arroio Grande/RS e Academia Brasileira de História e Literatura - ABHL. 

Elaine dos Santos, depois de importantes participações em inúmeras Antologias/Coletâneas, após colaborar em outras tantas revisando e prefaciando-as, tornou-se, pela primeira vez, organizadora do Projeto intitulado Antologia "A coragem de pensar diferente" e assim descreve seu belo projeto:

“Quando eu propus a Antologia "A coragem de pensar diferente", queria, antes de qualquer coisa, propor o diálogo entre os diferentes, entre a diversidade de um país continental, cindido, fraturado pelo
ódio político-ideológico.

Conforme os dias foram passando, as conversas no mundo on-line e off-line foram acontecendo e eu fui apurando o meu olhar, fui observando quantas "diferenças" a nossa sociedade invisibiliza porque não quer, não gosta de ver, de falar. De repente, estamos nós às voltas com a tal positividade tóxica e esquecendo que nem todos são obrigados a seguir a mesma vibe.

Mães [e pais] que lutam obstinadamente pelos direitos de filhos portadores de necessidades especiais; famílias que tiveram a vida dos seus filhos subtraídas pela droga, pelo crime (a brutal morte de 242 jovens na boate Kiss é uma chaga ainda aberta); pais e mães negras que temem a segurança dos seus filhos "apenas" porque são negros; os filhos que cuidam de pais idosos e doentes; as crianças que crescem órfãs. Há tantas visões, concepções não hegemônicas do mundo que o artista pode abordar em versos ou em prosa e que engrandecem a Arte.”

Inscrições até 06/11/22

Contatos:

Currículo Lattes:    http://lattes.cnpq.br/9417981169683930

Facebook: https://www.facebook.com/elaine.dossantos.9/

Instagram:  https://www.instagram.com/profe.elainerevisoradetextos/

Youtube: https://www.youtube.com/c/ProfeElaineLiteraturaHistória

Grupo no WhatsApp para dicas e esclarecimentos de dúvidas sobre língua portuguesa: https://chat.whatsapp.com/J1I7hbi5Tq2D8CNT4gXE7d

Fontes/Fotos: Elaine dos Santos

Restinga Seca: https://pt.wikipedia.org/wiki/Restinga_S%C3%AAca  

Pesquisas e Ilustrações: Jornal Rio de Flores


 

 Antologia As Faces do Amor

Inscrição: 01/out/22 a 31/out/22

Maiores Informações:

LINKs de ACESSO:

Edital: https://drive.google.com/file/d/109CxcAG1nxNwvpkLhqTsggWy6kaU5L6s/view?usp=sharing 

Ficha de Inscrição: https://drive.google.com/file/d/1AP-SpQqlHuk6vU6mxDvq2Isy6cuZwFXJ/view?usp=sharing

Edição e Direção Geral: 

Renato Galvão

 

7 comentários:

  1. Que belíssima matéria.
    Amo os textos da Elaine.
    É lindo saber a história dela.
    Parabéns Elaine!👏👏👏👏👏🌟🌟🌟🌟
    Obrigado Renato, por trazer histórias maravilhosas e inspiradoras pra todos nós

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Durante a tarde, eu conversava com um vovô, 91 anos, que conhece toda a minha vida (desde antes do casamento dos meus pais) e ria que as pessoas pensam que nasci professora, com casa e carro próprios. Meu pai trabalhou tirando lenha de mato, arou a terra num tempo em que não havia tratores, portanto, com junta de bois. Somos fruto do nosso esforço e do esforço daqueles que nos antecederam. Sou extremamente grata aos meus pais, em particular, à minha mãe que sempre repetiu: "Ninguém pode te tirar o conhecimento". Eis-me aqui.

      Excluir
  2. Parabéns! Linda trajetória. Sucesso sempre!!👏🏻👏🏻👏🏻

    ResponderExcluir
  3. Admiro muito a prof Elaine. Uma mulher incrível! Sabe ser ao mesmo tempo sábia e de coração humilde. Com tanta formação, não perde o seu encanto em ser uma mulher especial e querida por muitos. Merecido destaque no Jornal Rio de Flores.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada pelo carinho. Eu tento sempre manter os pés no chão e não esquecer que a vida nos bate com bofetadas bem fortes para que não esqueçamos da nossa incompletude como seres humanos. Admiro muito a tua coragem e a tua determinação.

      Excluir