Estava
caminhando hoje e me permiti observar mais as pessoas ao meu redor e me
assustei. Por incrível que pareça, quase todas as pessoas estão com olhares
vagos, tristes, mesmo as que dão gargalhadas. Elas transmitem uma companhia
vazia, sem personalidade. E quanto mais maquiagem, mais escondido estará a alma
daquela pessoa.
Também vi casais, alguns bem alinhados, de mãos dadas mas outros se olham sem se verem realmente.
Também vi crianças. Ah, as crianças. Elas continuam com a mesma ingenuidade de sempre, mas um pouco mais astutas, é verdade. Mas, continuam sendo crianças, com sua risada inconfundível e seu amor e abertura para ser amada.
Também vi animais, eles também muito amorosos, até os que moram nas ruas. Ah... As ruas. Tão mal cuidadas, isso não mudou nada e olha que meu avô já dizia sobre isso décadas antes.
Talvez, Eliz estava certa e seguimos a vida como nossos pais ou talvez, a última sorte foi lançada para eles e somos a geração da tristeza.
E quem será que cavou um poço tão fundo que todos nós caímos sem perceber? Não, não vou fazer um texto culpando as redes sociais, como todos os outros tampouco vou inocenta-las, mas quero aqui falar sobre a rua. Se essa rua fosse minha, eu mandava ladrilhar, com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes, só pro meu, só pro meu amor passar.
Desde criança,
essa música me encantava e hoje canta-la enquanto caminhava, me trouxe uma paz.
Essas pedrinhas talvez colocassem um sorriso verdadeiro no rosto dessas pessoas
ou fossem furtadas em questão de segundos e apenas uma pessoa sorriria no final.
Não gosto de colocar culpa em redes sociais, relacionamentos, precisamos
colocar a culpa em nós mesmos, em nossas atitudes, na palavra não dita, no
abraço não dado, no ranço sem motivo, no ódio gratuito. Tire a culpa do outro e
coloque em você mesmo agora..vai doer, eu sei. Doeu aqui também. Mas talvez se
todos nós fizessemos esse exercício, a nossa dor impediria uma dor maior lá na
frente, uma dor da perda, a dor do fim de todos nós.
E se essa rua
fosse sua, como você iria cuidar dela? Como cuidaria de cada pessoa, inclusive,
aquelas com vertentes políticas e religiosas diferentes da sua? E como cuidaria
da estrutura da rua? E quais seriam as leis dela? E o amor? Ah, o amor. Se ele
existir nessa rua, então todo o resto será muito mais fácil..
É óbvio que já
deu para perceber que sou uma romântica por natureza, mas, realmente acredito
que o romantismo pode mudar toda uma sociedade. Também sei que retribuir o ódio
com flores não irá nos render nada, mas, atribuir o romantismo em cada atitude,
talvez faça com essa rua seja um pouco melhor amanhã.
E de nada
adianta querer mudar o país, o planeta, se não conseguimos nem mesmo olhar para
a nossa rua. Mas, se essa rua fosse minha, eu com certeza mandaria ladrilhar
com pedrinhas de brilhantes,, para o meu amor e para todos vocês passarem!
Texto: Joyce Viana
Também vi casais, alguns bem alinhados, de mãos dadas mas outros se olham sem se verem realmente.
Também vi crianças. Ah, as crianças. Elas continuam com a mesma ingenuidade de sempre, mas um pouco mais astutas, é verdade. Mas, continuam sendo crianças, com sua risada inconfundível e seu amor e abertura para ser amada.
Também vi animais, eles também muito amorosos, até os que moram nas ruas. Ah... As ruas. Tão mal cuidadas, isso não mudou nada e olha que meu avô já dizia sobre isso décadas antes.
Talvez, Eliz estava certa e seguimos a vida como nossos pais ou talvez, a última sorte foi lançada para eles e somos a geração da tristeza.
E quem será que cavou um poço tão fundo que todos nós caímos sem perceber? Não, não vou fazer um texto culpando as redes sociais, como todos os outros tampouco vou inocenta-las, mas quero aqui falar sobre a rua. Se essa rua fosse minha, eu mandava ladrilhar, com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes, só pro meu, só pro meu amor passar.
Edição e Ilustração: Jornal e Livraria Rio de Flores
Joyce Viana Silveira. Editora e
revisora com mais de 10 mil textos publicados, bacharel em Direito e
pós-graduada em Direito Criminal. Ela possui um livro lançado no gênero de
autoajuda. É cristã e possui uma fé inabalável em Deus. Fundou o clube de
escrita Sociedade dos Poetas Vivos e o quadro De Frente com o Escritor com a
intenção de disseminar a Literatura para todos.


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