sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

 

Eloiza Dalila (Negra Dalila), concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Rio de Flores, compartilhando sua jornada literária e a profunda conexão entre suas palavras e sua vida. Sua paixão pela escrita começou na infância, um escape para uma menina que encontrava consolo na expressão escrita. Diários, cadernos e até mesmo os papéis que embrulhavam o pão serviram como suporte para seus primeiros textos, revelando um talento precoce que, por anos, permaneceu escondido. A aposentadoria, em 2019, marcou um ponto de virada; Eloiza buscou aprimorar suas habilidades com cursos online e participando de antologias, finalmente compartilhando sua arte com o mundo.

Seu trabalho já resultou em dois livros publicados pela editora Somar: "Reinvente-se! Poesias pós-pandemia" (2022), uma coletânea que reflete suas experiências e reflexões, e "Sobre Vivências" (2024), um romance autobiográfico que mergulha em sua trajetória de vida. Este último, em particular, explora temas como as dificuldades de morar em vila, violência familiar, preconceitos, a experiência em uma escola de freiras, sua carreira na área da saúde, o enfrentamento do câncer e da depressão, e a busca por um novo horizonte após os cinquenta anos.

Em "Sobre Vivências", o capítulo "Momentos felizes na minha profissão" destaca a alegria e a realização de sua carreira na área da saúde. A autora descreve com emoção a recepção do telegrama que a convocava para o trabalho, o orgulho da conquista após anos de estudo e sacrifícios, e a felicidade de se integrar à equipe de pediatria. A narrativa prossegue com lembranças de jantares, festas e a satisfação de participar do projeto "Natal Solidariedade", que levava presentes para crianças carentes. A autora relembra também a emoção de reverter crises médicas e ver o sorriso de pais e filhos ao voltarem para casa, mostrando a profunda satisfação profissional e o amor dedicado ao seu trabalho.

A criação deste texto surgiu de um momento de profunda saudade da profissão, após vinte e seis anos de atuação no mesmo hospital. A aposentadoria gerou um vazio que a escrita ajudou a preencher, mostrando que a capacidade de distribuir amor e cuidados transcende o ambiente profissional.

Negra Dalila confessa que o que mais a encanta na poesia é a rima, o sentimentalismo e, acima de tudo, a verdade expressa nos versos. Além de seus livros, ela participou de 37 antologias desde 2021, sendo as mais marcantes "Crônicas do trabalho" (2019), "Associação Poemas a Flor da Pele - XV anos" (2021) e "Elas São Flores" (2022), da Rio de Flores Editora. Essas experiências foram cruciais para seu desenvolvimento como escritora, oferecendo apoio, incentivo e novas oportunidades de aprendizado.

Além da escrita, Eloiza se expressa através da declamação de poesias, apresentações em escolas e parques, e saraus poéticos. Ela também já se aventurou em pequenas apresentações teatrais, de dança e canto, sempre em prol da sua arte. Seus planos futuros incluem a divulgação de "Sobre Vivências" e a escrita de um livro infantil ou infantojuvenil para 2026.

Para Eloiza, a escrita representa um renascimento. A aposentadoria a levou a um período de depressão, mas a escrita se tornou uma forma de cura, permitindo-lhe curar a alma das pessoas através de suas palavras. Ela continua se aprimorando, participando de cursos de escrita e buscando novos desafios, como demonstra a publicação de seu romance, que a consolida não apenas como poeta, mas como escritora.

Ao final da entrevista, Negra Dalila deixa uma mensagem inspiradora para os leitores: a importância da leitura de livros físicos, o apoio aos autores nacionais e a necessidade de investimentos em educação, especialmente em áreas carentes. Ela acredita que a tecnologia facilita a vida, mas não substitui a experiência e a emoção transmitidas pela leitura de um livro físico.

Contatos Autora:

WhatsApp: 51 9500-6868

Edição e Ilustração: Jornal Rio de Flores

Direção Geral
Renato Galvão


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