Eloiza Dalila (Negra Dalila), concedeu
uma entrevista exclusiva ao Jornal Rio de Flores, compartilhando sua jornada
literária e a profunda conexão entre suas palavras e sua vida. Sua paixão pela
escrita começou na infância, um escape para uma menina que encontrava consolo
na expressão escrita. Diários, cadernos e até mesmo os papéis que embrulhavam o
pão serviram como suporte para seus primeiros textos, revelando um talento
precoce que, por anos, permaneceu escondido. A aposentadoria, em 2019, marcou
um ponto de virada; Eloiza buscou aprimorar suas habilidades com cursos online
e participando de antologias, finalmente compartilhando sua arte com o mundo.
Seu trabalho já resultou em dois livros
publicados pela editora Somar: "Reinvente-se! Poesias pós-pandemia"
(2022), uma coletânea que reflete suas experiências e reflexões, e "Sobre
Vivências" (2024), um romance autobiográfico que mergulha em sua
trajetória de vida. Este último, em particular, explora temas como as
dificuldades de morar em vila, violência familiar, preconceitos, a experiência
em uma escola de freiras, sua carreira na área da saúde, o enfrentamento do
câncer e da depressão, e a busca por um novo horizonte após os cinquenta anos.
A criação deste texto surgiu de um
momento de profunda saudade da profissão, após vinte e seis anos de atuação no
mesmo hospital. A aposentadoria gerou um vazio que a escrita ajudou a
preencher, mostrando que a capacidade de distribuir amor e cuidados transcende
o ambiente profissional.
Negra Dalila confessa que o que mais a
encanta na poesia é a rima, o sentimentalismo e, acima de tudo, a verdade
expressa nos versos. Além de seus livros, ela participou de 37 antologias desde
2021, sendo as mais marcantes "Crônicas do trabalho" (2019),
"Associação Poemas a Flor da Pele - XV anos" (2021) e "Elas São
Flores" (2022), da Rio de Flores Editora. Essas experiências foram
cruciais para seu desenvolvimento como escritora, oferecendo apoio, incentivo e
novas oportunidades de aprendizado.
Além da escrita, Eloiza se expressa
através da declamação de poesias, apresentações em escolas e parques, e saraus
poéticos. Ela também já se aventurou em pequenas apresentações teatrais, de
dança e canto, sempre em prol da sua arte. Seus planos futuros incluem a
divulgação de "Sobre Vivências" e a escrita de um livro infantil ou
infantojuvenil para 2026.
Para Eloiza, a escrita representa um
renascimento. A aposentadoria a levou a um período de depressão, mas a escrita
se tornou uma forma de cura, permitindo-lhe curar a alma das pessoas através de
suas palavras. Ela continua se aprimorando, participando de cursos de escrita e
buscando novos desafios, como demonstra a publicação de seu romance, que a
consolida não apenas como poeta, mas como escritora.
Ao final da entrevista, Negra Dalila
deixa uma mensagem inspiradora para os leitores: a importância da leitura de
livros físicos, o apoio aos autores nacionais e a necessidade de investimentos
em educação, especialmente em áreas carentes. Ela acredita que a tecnologia
facilita a vida, mas não substitui a experiência e a emoção transmitidas pela
leitura de um livro físico.
Contatos Autora:
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| Direção Geral Renato Galvão |





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