domingo, 14 de janeiro de 2024

 


Planear ter saúde será possível? Escolher ser saudável fisicamente e mentalmente será possível? A auto cura será possível?

Digo que em grande parte sim.

Chegando quase aos cinquenta, sinto-me melhor fisicamente do que aos trinta, ou até mesmo aos vinte, com mais energia e força, é certo.

Faço exercício seis dias por semana, por norma. Descanso um.

Podem dizer que é muito, mas já faz parte de mim. Optei por praticar em casa e na rua, visto morar no campo. O custo foi o dos equipamentos (tenho muito poucos, aliás) e do plano revisto da PT. O horário é de acordo com os meus outros horários, podendo ser às seis e meia da manhã ou a outra hora qualquer.

Sei que os exercícios HITT me dão força para as atividades do dia a dia, os músculos ficam mais fortes, portanto são exercícios adequados para mim. Sei igualmente que o cardio me dá resistência e as caminhadas me trazem tranquilidade e equilíbrio.

A saúde mental beneficia em muito com a atividade física, podendo fazer a grande diferente entre a saúde e a doença, entre o bem-estar e a depressão, por exemplo.

Conto-vos isto porque é possível e fundamental optar por um estilo de vida saudável no que respeita à atividade física. Não falo de aparência, falo de um conjunto muito mais vasto e profundo, onde ela é uma das muitas consequências positivas. A prática de exercício controlado, regrado e acompanhado é indispensável, a meu ver, e claro, segundo todas as comunidades médicas tanto tradicionais como terapêuticas não convencionais.

E está tudo à distância do nosso querer, do nosso cérebro comandar os nossos desejos e termos força para dizer sim, para ir, para fazer, para persistir, não encontrando desculpas para não fazer.

No início pode parecer difícil, mas funcionamos por padrões, por hábitos. Assim que o desporto for considerado um hábito, iremos fazê-lo sem grandes questões e até sentir dependência de o fazer, pois a sua realização, aquando do seu término, provoca-nos sensação e bem-estar a vários níveis. O nosso corpo sabe o que faz e sabe agradecer.

A escolha entre o não temos tempo e o ter depende muitas vezes do querer. Experimentar várias atividades e decidir por aquela ou aquelas que se prefere, adequando cada um o seu próprio estilo de vida e timings ao desporto cortará muita despesa na farmácia, garanto, e quanto à mente fará milagres.

Ter a força e a determinação para dar ao corpo aquilo que ele precisa para funcionar o melhor possível foi e é uma escolha de vida que estou grata a mim própria por abarcar já há alguns anos e por tentar sempre melhorar.

Se tudo o que é dor ou maleita desaparece? Evidentemente que não, isso é utopia, mas controla, evita e corrige muito, isso é garantido.

Se este ainda não é o seu estilo de vida, poderá ser, está sempre a tempo e os exercícios que não conseguir hoje, com o tempo conseguirá e seja aquilo que fizer, sinta-se grato a si mesmo por tentar, pois só isso já é uma vitória. Força!

Texto: Susana Veiga Branco
Ilustração: Jornal Rio de Flores

Susana Veiga Branco. Escritora de prosa e poesia, cronista na imprensa escrita e rádio, coautora em coletâneas em Portugal e no Brasil e investigadora na área social e do património, com livros publicados e publicações académicas em jornais e no CIJVS-Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, do qual é associada. Membro da APP-Associação Portuguesa de Poetas (Lisboa). Curadora de arte. Artista plástica. Diversas exposições individuais e coletivas em Lisboa e Santarém e participações em encontros internacionais de artistas plásticos. Autora da 1ª e 2ª edição do livro “O Tempo não vai apagar - São Vicente do Paúl – Santarém-Ribatejo-Portugal”, entre outros. Ilustrações do livro bilingue "Mãe, fala para o ouvido bom..." (2021) e do livro “Faísca sem medo” (2023). Na Editora Rio de Flores, é coautora de poesia nas obras “Palavras Libertas” e “A arte de escrever”. Participa no Jornal Rio de Flores como colunista, com a coluna “Contemporaneidade e estilos de vida”.
Prémios:
1º Prémio - “Pictorin-III International artists meeting”, obra “Santareno´s Concepts” (2020);
Menção Honrosa - “Pictorin-V International artists meeting” (2022), instalação “Poetry of the search-Susteinability essay 3”;
Selecionada para o evento de exposição e leilão CAPITI (2023) no MAAT Lisboa e leiloeira “Palácio do Correio Velho”.
1º Prémio - Ilustração “Livre para germinar” para a capa da Antologia trilíngue “Revoluções -na cultura, na arte, na política e nas relações” (2023) da Associação Cultural Internacional ACIM.

Edição e Direção Geral
Renato Galvão



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